Topo

André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Palmeiras dobra a aposta em Abel com gestão "econômica" de Leila

Leila Pereira e Abel Ferreira durante homenagem ao treinador do Palmeiras - Cesar Greco
Leila Pereira e Abel Ferreira durante homenagem ao treinador do Palmeiras Imagem: Cesar Greco

Colunista do UOL Esporte

22/12/2022 08h40

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

O Palmeiras teve boa arrecadação em 2022, incluindo a do título brasileiro, e vendeu Endrick para o Real Madrid por cerca de 70 milhões de euros, mais bônus.

Como o jovem atacante só pode viajar em definitivo para a Espanha com 18 anos, o clube paulista ainda contará com o atleta. Retorno técnico de um grande talento, melhor dos mundos.

Mas no noticiário palmeirense neste final de ano só aparecem saídas, como as do lateral Jorge para o Fluminense, do atacante Wesley para o Cruzeiro, além do pesadíssimo desfalque de Gustavo Scarpa, melhor jogador do Brasileiro e agora no Nottingham Forest. Breno Lopes pode ser mais um autor de gol de título da Libertadores de saída, para Fortaleza ou futebol japonês.

Ainda a dificuldade para renovar com Dudu, que tem contrato até o fim de 2023. A presidente Leila Pereira segue irredutível na negociação, com uma proposta final.

Contratações? Os alvos atuais são para reposição. De volante, antecipando uma provável venda de Danilo, e de um ponta canhoto, suprindo as saídas de Scarpa e Wesley. E só.

Fora isso, só discurso de austeridade, superávit...e metas esportivas bem modestas para o atual campeão brasileiro e bi sul-americano nas últimas temporadas: semifinal de Paulista, quartas de Libertadores e Copa do Brasil, G-4 no Brasileiro.

Se não incrementar o elenco, realmente a temporada pode ser parecida com a deste ano: eliminações no mata-mata, especialmente a na Copa do Brasil, ainda nas oitavas para o São Paulo, aumentaram o foco nos pontos corridos e um título grande ao menos foi garantido. Assim como a Libertadores em 2021. Além disso já complica sem investimentos à altura.

Leila vai dobrar a aposta na competência de Abel Ferreira e comissão técnica. Tirar o máximo dos atletas, física e mentalmente, para se manter competitivo em alto nível. Foi para isso que deu um aumento compatível com as conquistas do português e conta com estabilidade e evolução para continuar vencendo.

É o que resta nessa gestão "econômica", de administração empresarial. Enquanto Abel entregar ao menos uma taça importante por ano o saldo para o clube e para a torcida será positivo. Mas até quando o treinador terá coelhos para tirar da cartola fazendo mais com menos?