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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Flamengo tem dois grandes desafios contra o Palmeiras

Weverton do Palmeiras durante partida entre Flamengo e Palmeiras, válido pelo Campeonato Brasileiro 2022 - DHAVID NORMANDO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Weverton do Palmeiras durante partida entre Flamengo e Palmeiras, válido pelo Campeonato Brasileiro 2022 Imagem: DHAVID NORMANDO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL Esporte

27/01/2023 08h15

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Raphael Veiga marcou o gol do Palmeiras no empate por 1 a 1 com o Flamengo, última partida entre as equipes. Abriu o placar logo nos primeiros minutos da final da Libertadores e também da Supercopa do Brasil em 2021., além de marcar o do empate por 2 a 2 há dois anos em Brasília

Sem Gustavo Scarpa, Veiga, ainda recuperando o ritmo de jogo depois de um bom tempo parado por lesão, é o articulador do time de Abel Ferreira. Meia central do 4-2-3-1, também o homem das bolas paradas.

O primeiro desafio do Flamengo no Mané Garrincha será anular o camisa 23 alviverde. Provavelmente sem marcação individual, mas com Thiago Maia atento à movimentação do adversário e contando com o apoio de Gérson.

A tendência é que Varela e Ayrton Lucas comecem nas laterais. Aliás, é possível que o treinador Vitor Pereira alterne as duplas, lançando Matheuzinho e Filipe Luís no segundo tempo. Nos dois casos, um ataca mais e outro guarda mais o setor. Só muda o lado.

O campeão da Libertadores e da Copa do Brasil deve defender no 4-4-2, com Arrascaeta voltando pela esquerda, e atacar no 4-3-3, com o uruguaio se aproximando de Gabigol e Pedro fazendo o pivô.

Para confundir o forte sistema defensivo do campeão brasileiro, muita mobilidade e inversões de lado. É preciso "trocar de corredor" com um ou dois toques, não cinco ou seis. As combinações por dentro, às costas de Gabriel Menino e Zé Rafael, que ainda não estão tão entrosados, também podem dar resultado.

O maior desafio, porém, será resolver um problema crônico desse ataque histórico: precisar de muitas oportunidades para conseguir ir às redes. Com os reservas no Allianz Parque pelo Brasileiro até conseguiu, abrindo o placar com Victor Hugo. Mas perdeu chance clara com Matheuzinho.

No Maracanã, porém, ainda nos tempos de Paulo Sousa, o empate sem gols foi resultado de chances claras desperdiçadas, a melhor com Arrascaeta chutando na trave de Weverton.

Contra o Palmeiras de Abel a relação finalizações/gol tem que melhorar para transformar os períodos de domínio em bolas nas redes e sair com a taça. De preferência abrindo o placar para obrigar o oponente a adiantar as linhas. Se vacilar atrás, especialmente contra Raphael Veiga, pode sofrer novamente.

Final sem favoritos, apesar do aparente melhor momento do Flamengo.

[Leia AQUI a visão do colunista sobre as chances do Palmeiras na Supercopa.]