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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Corinthians corre atrás de consistência para duelar com o Palmeiras

Adson, do Corinthians, comemora gol contra o Botafogo-SP pelo Paulistão - ANDRé PERA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Adson, do Corinthians, comemora gol contra o Botafogo-SP pelo Paulistão Imagem: ANDRé PERA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL Esporte

06/02/2023 06h27

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Quando Renato Augusto, Roger Guedes e Fabio Santos se aproximam pela esquerda é possível lembrar, nos momentos mais inspirados, de Ricardinho, Gil e Kléber no "melhor lado esquerdo do mundo", segundo Carlos Alberto Parreira no Corinthians de 2002, campeão do Rio-São Paulo, da Copa do Brasil e vice do Brasileiro.

Pelo setor saiu o belíssimo primeiro gol da vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo na Neo Química Arena. Agora são três vitórias seguidas no Paulista e a sinalização de que o trabalho de Fernando Lázaro vai evoluindo.

Adson marcou o segundo, novamente atuando mais como um terceiro atacante por dentro, ou o meia mais avançado no losango. Assim preenche a área com Yuri Alberto ou Ángel Romero quando Guedes abre pela esquerda. E ainda libera o corredor direito para Fagner, com o suporte de Giuliano na montagem de uma equipe ofensiva que contava com o dinâmico Roni na proteção da retaguarda.

O desafio de Lázaro é dar consistência ao Corinthians quando é preciso fazer alterações e, consequentemente, mudar as características.

A troca mais sensível é de Renato Augusto por Paulinho. Mesmo relevando a retomada de ritmo deste, é trocar o maestro pelo infiltrador. Rafael Ramos não é tão contundente no apoio quanto Fagner e Junior Moraes entrega menos mobilidade que Yuri e Romero.

Mas a volta de Fausto, considerando a ausência do lesionado Maycon, é ótima notícia. Du Queiroz continuará sendo opção até o meio do ano. Na zaga, Bruno Méndez pode alternar com Gil e Balbuena. Até porque defesa bem protegida e posicionada melhora qualquer zagueiro.

Manter um bom nível de desempenho fora de casa e também quando mexe na base titular é o que falta para pensar em desafiar o campeão estadual, brasileiro e, ainda com boa vantagem, melhor time de São Paulo. Mas já é possível vislumbrar um ano sem tantas derrotas para o rival Palmeiras.