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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Ancelotti pode trabalhar da Europa para a CBF e deixar times daqui em paz

Carlo Ancelotti e Kaká depois de título do Real Madrid na Liga dos Campeões - Reprodução/Instagram
Carlo Ancelotti e Kaká depois de título do Real Madrid na Liga dos Campeões Imagem: Reprodução/Instagram

Colunista do UOL Esporte

13/02/2023 06h09

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Carlo Ancelotti continua sendo o nome mais citado para comandar a seleção brasileira.

Tem contrato com o Real Madrid até 2024, mas se não vencer nada relevante nesta temporada o vínculo pode ser desfeito sem maiores traumas. A CBF desconversa, mas parece ter fogo nessa fumaça.

Mas seja lá quem trabalhe comandando o produto mais importante da CBF, não precisa morar no Rio de Janeiro, nem dar expediente no prédio da entidade. E tanto faz quem será o tal diretor, se Kaká ou outro ex-campeão mundial. É sempre mera peça decorativa um dirigente que é escolhido em função do treinador contratado.

O novo "professor" pode e deve fazer tudo da Europa. Inclusive convocar os melhores brasileiros atuando nas principais ligas.

Qual a necessidade de ficar rodando os estádios daqui para, no final, chamar três de 26? O novo técnico também pode ter reuniões virtuais com o presidente Ednaldo Rodrigues para solucionar questões. Talvez vir ao Brasil apenas para anunciar lista de convocados e atender a imprensa,

E dane-se quem acha que vai perder a "identificação" com o povo. Afinal, o único objetivo é ganhar a Copa mesmo, não é? Tanto faz quem entre em campo ou comande. A única entrega cinco estrelas é o hexa. Pode vir até por Sedex.

Tite ficou por aqui, atendeu jornalistas, rodou estádios e foi reduzido a nada na saída. O mesmo com todos que não bateram campeões. Então que Ancelotti ou outro profissional fique pela Europa mesmo e deixe o futebol daqui em paz, apenas com um monitoramento básico da equipe de scouting.

Sem desfalcar os times, encarar o desgaste com as torcidas, e, consequentemente, evitando o impacto nas disputas físicas e no ritmo do jogo que vimos em Pedro e Everton Ribeiro na última Copa. É desnecessário.

Que venha Ancelotti. Ou melhor, que fique por lá. Longe do nosso provincianismo e da gritaria de quem trata a CBF como a "situação" na disputa política. Aquela que só comete erros e merece pancada - e faz mesmo por merecer essa imagem, pelo desprezo às nossas coisas. Aqui o técnico não terá paz.