Dos gramados à presidência
O ex-atacante George Weah, de origem africana, foi o único jogador deste continente a ser eleito melhor do mundo pela Fifa e a receber a Bola de Ouro pela revista France Football. Depois de se aposentar dos gramados, voltou ao seu país de origem, a Libéria, e hoje é o presidente dessa nação.
Weah cresceu na favela de Clara Town, em Monróvia, ao lado dos avós. Devido à infância pobre, trabalhou em uma empresa de telecomunicação ao mesmo tempo que jogava para os Young Survivors Clareton (que significa pequenos sobreviventes de Clara Town).
Seu primeiro contrato profissional veio pelo Mighty Barrolle, da Libéria. Ainda na África, passou pelo Invincible Eleven (também da Libéria), África Sports (Costa do Marfim) e Tonnerre Yaoundé (Camarões), tendo uma atuação acima da média, fazendo muitos gols e conquistando títulos individuais.
Não demorou para se transferir ao futebol europeu, atuando primeiramente pelo Monaco, em 1988, colaborando com a conquista do título da Copa da França. Sua melhor atuação por esse clube foi nas campanhas de vice-campeonatos, um francês e um da Recopa da Europa.
Em 1992, transferiu-se para o PSG, ajudando o clube a conquistar a Ligue 1, Copa da França e a Copa da Liga Francesa. Mas seu melhor momento ainda estava por vir, em 1995, quando o atacante integrou ao time do Milan e conquistou o título de melhor jogador do mundo e a Bola de Ouro.
Após se tornar um herói milanista, foi emprestado para o Chelsea e, ao fim da temporada de 2000, foi vendido ao Manchester City. Passou ainda pelos elencos do Olympique de Marselha e do Al Jazira ao final de sua carreira.
Mas não é apenas o trabalho que dignifica o ser humano. Acredito que homens e mulheres são mais admirados pelas batalhas que lutam, pelas causas que defendem.
George Weah não se destacou apenas em campo. Fora dele, o jogador bancou todas as despesas para que a Libéria disputasse a Copa Africana pela primeira vez. Por meio da sua fundação, ajudou vítimas da primeira e segunda guerra civil da Libéria, atuou em causas sociais, fundou um clube para ajudar jovens em Monróvia e, deste 2018, vêm enfrentando seu maior desafio, presidir um país que passou por guerras civis, crise epidêmica de ebola, crise econômica.
Com certeza, Weah foi e é um dos grandes exemplos mundiais.
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