Por que uma das melhores do mundo não jogará pelo segundo ano seguido
Quatro vezes campeã da WNBA. Duas vezes medalhista de ouro olímpica. Duas vezes campeã mundial. O currículo de Maya Moore no basquete fala por si só. Formada na Universidade de Connecticut e desde 2011 na liga norte-americana jogando pelo Minnesota Lynx como uma craque de primeira grandeza, a ala de 30 anos é considerada por muitos a melhor jogadora da atualidade.
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A melhor jogadora que decidiu não atuar na WNBA pelo segundo ano consecutivo (não atua por lá, portanto, desde a temporada 2018). Em extensa entrevista ao New York Times, Maya afirmou que seguirá buscando provar a inocência de Jonathan Irons, de Missouri, sua terra natal, que aos 16 anos foi condenado a 50 anos de prisão por roubo e agressão a um homem em sua casa com uma arma. Moore conheceu Irons, agora com 39 anos, em 2017 quando ela visitou o local onde Irons está preso.
O caso envolvendo Irons é cercado de polêmica e por isso Moore se interessou em tentar clarear as coisas. O proprietário da casa que foi assaltada testemunhou que Irons foi a pessoa que o agrediu, mas os advogados do acusado dizem que não há evidências (testemunha, impressões digitais, pegadas, DNA etc.) para corroborar que seu cliente cometeu o crime. Irons, um negro que vivia na pobreza, foi julgado como adulto e o júri, todo branco, o considerou culpado, aplicando-lhe a pena de 50 anos de condenação.
A decisão de Maya Moore faz com que ela automaticamente não jogue a Olimpíada de Tóquio, em 2020, pela seleção norte americana onde ela poderia se tornar uma das poucas tricampeãs olímpicas da história da modalidade. E ela parece não ligar para isso, não: "Estou em paz agora com a minha vida e não quero mudar nada. O basquete não tem sido o principal em minha mente no momento. Consegui descansar e me conectar com as pessoas ao meu redor, e na verdade estar na presença deles depois de todos esses anos na estrada. Com isso pude estar por perto para conhecer o Jonathan e estou focada em provar a sua inocência", afirmou ao NYTimes.
Apesar de tudo isso, a atleta descarta, ao menos agora, a sua aposentadoria: "Não acho que esse seja o momento certo para me aposentar. A aposentadoria é algo importante, e existe uma maneira certa de fazer isso de maneira boa a apropriada. Ainda não chegou a minha hora para dizer adeus ao basquete", finalizou.
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