Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Cristiano Ronaldo: o sabor amargo da rejeição
Anos e anos de vitórias. De gols. De títulos individuais e coletivos. De idolatria. Mas o sabor da derrota também faz parte da carreira de Cristiano Ronaldo. A mais recente delas talvez seja também a mais frustrante e intragável: a rejeição.
Seja por questões estruturais, financeiras e/ou táticas, o português tem vivido um mercado de transferências para esquecer. Foi descartado por vários clubes, como Chelsea e Bayern de Munique, e de várias formas, nos bastidores e publicamente.
Dos maiores de todos os tempos, Ronaldo mais do que nunca é refém do próprio ego - e também de quem lhe representa. Escolheu sair do Manchester United pela porta dos fundos, assim como já havia acontecido no passado recente na Juventus. O tiro saiu pela culatra.
Teve o nome oferecido ao vento aqui e ali, quase como se fosse um produto especial em liquidação, tendo na etiqueta de promoção a seguinte condição: jogar a Liga dos Campeões. Muito pouco para quem sempre colocou o grau de exigência lá em cima.
Antes imaculado, o profissionalismo de CR7 está arranhado. O prestígio, sem dúvida, caiu. A desesperada estratégia para ser negociado (ainda) não funcionou. Pior: criou um problema que o craque não tinha.
Afastado durante semanas, por problemas familiares, Cristiano Ronaldo foi praticamente obrigado a voltar a Manchester como derrotado ou, no mínimo, rejeitado. Pela primeira vez depois de muitos anos, quem sabe, se vê no posto de "reles mortal" dentro do futebol.
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