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Luiz Gonzaga Belluzzo: Eu investi no futuro

Allianz Parque - Divulgação
Allianz Parque Imagem: Divulgação
Luiz Gonzaga Belluzzo

23/11/2020 20h06

Andrés Sanchez tem razão. São muitas as diferenças entre nós. Por exemplo, no contrato da nossa Arena os custos foram 100% da construtora Wtorre. Não devemos um palito de dente a eles. O Palmeiras cedeu o direito de uso de sua propriedade por 30 anos. O Palmeiras é o proprietário da Arena. A WTorre adquiriu o direito de uso de superfície. Ademais, temos participação nos ativos e receitas da Arena, participação que cresce percentualmente a cada cinco anos. Em 30 anos esses ativos e receitas passam a ser 100% do clube. É bom informar que as receitas de bilheteria dos jogos são integralmente do Palmeiras, descontadas as despesas do dia. Os demais custos de manutenção da Arena são de responsabilidade da superficiária.

Não sei se devo gargalhar ou sorrir educadamente quando ouço que quebrei o Palmeiras. Foi uma quebra peculiar: o clube tem um ativo cujo valor presente deve alcançar 2,5 bilhões de reais, valor esse calculado a partir da previsão de receitas que deverão ser obtidas ao longo da vigência do contrato.

De fato, há diferenças. Eu investi no futuro. Eu entendo que ele não entenda e diga a bobagem que falou. Ah, e tudo feito sem um único centavo de dinheiro público. Nossa arena não está no pacote das doze feitas para a Copa do Mundo.

Esse texto foi enviado por Luiz Gonzaga Belluzzo para responder a Andrés Sanchez, que o citou na entrevista "Fim da linha - Andrés Sanchez faz balanço de sua passagem pelo futebol e diz: ao final do mandato, não volta ao Corinthians", publicada em 23/11/2020.

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