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Despedida de Felipão coloca Athletico entre os grandes do continente

Luiz Felipe Scolari, o Felipão, é um dos trunfos do Athletico na Libertadores - Robson Mafra/AGIF
Luiz Felipe Scolari, o Felipão, é um dos trunfos do Athletico na Libertadores Imagem: Robson Mafra/AGIF

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29/10/2022 04h00

O bicampeonato da Sul-Americana, em 2021, já havia colocado o Athletico-PR em destaque no futebol do continente. O Furacão se tornou o terceiro time a conquistar o torneio por mais de uma vez, igualando os gigantes Boca Juniors e Independiente, agora também acompanhados do Independiente Del Valle.

O título continental deu ao Athletico a vaga na Libertadores atual e o Furacão aproveitou a oportunidade. Pela primeira vez um campeão da Sul-Americana chega à final da Libertadores do ano seguinte.

O caminho do Athletico começou acidentado, com apenas uma vitória nos primeiros quatro jogos da fase de grupos, além de um empate e duas derrotas. O então técnico Fábio Carille foi demitido e o Furacão buscou um especialista no torneio continental para salvar a classificação ao mata-mata.

Luiz Felipe Scolari chegou e aumentou sua galeria de recordes na Libertadores. O Athletico não perdeu mais sob o comando do técnico. São cinco vitórias e três empates na maior sequência invicta do Furacão na história do torneio.

Felipão continuou sua trajetória pessoal perfeita pelas oitavas de final do torneio. O treinador brasileiro disputou oito vezes a classificação para as quartas de final e nunca foi eliminado. Além de Felipão, apenas Carlos Bianchi tem 100% de sucesso entre aqueles que disputaram as oitavas por ao menos quatro vezes, mas o argentino tem uma classificação a menos que o brasileiro.

A classificação heroica nas quartas de final, com gol de Vitor Roque nos acréscimos do segundo tempo do jogo de volta, fez Felipão superar Carlos Bianchi em outro recorde, se tornando o primeiro treinador a alcançar a semifinal do torneio por seis vezes na história.

Nas semifinais, Felipão encontrou um velho conhecido. Scolari é o técnico que mais comandou o Palmeiras na história do torneio (44 jogos) e se tornou o técnico que mais enfrentou o Verdão no campeonato (8 jogos). O Athletico eliminou o atual bicampeão do torneio e o treinador acumulou mais recordes.

Felipão disputará contra o Flamengo sua quarta final de Libertadores. É o segundo técnico com mais finais na história do torneio, empatado com Luis Cubilla e Roberto Scarone, e atrás apenas de Carlos Bianchi, que tem cinco.

Em busca do seu terceiro título, algo que só Osvaldo Zubeldía (3) e Carlos Bianchi (4) conseguiram, Felipão pode ser o primeiro técnico na história do torneio a levantar a taça por três clubes diferentes.

No caminho para a final, Felipão chegou a sua 47ª vitória na Libertadores em 82 jogos comandados. É o terceiro treinador com mais vitórias no torneio, e, com a final contra o Flamengo, ele entrará para o top-10 de técnicos com mais jogos na história.

A última dança de Felipão como treinador está perto de alcançar o objetivo de colocar o Athletico-PR na galeria dos campeões do torneio. O clube foi vice em 2005 e buscar entrar para um seleto grupo que hoje tem 10 times brasileiros que já levantaram a taça continental.

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