Del Nero: 'Pelo bem do futebol brasileiro, Ednaldo deveria renunciar à CBF'
Como torcedor e entusiasta do potencial do futebol brasileiro, me causa enorme preocupação ver os rumos financeiros da CBF com essa gestão precária, temerária e dissociada da realidade que estamos acompanhando do atual presidente. Pelo bem do futebol brasileiro, penso que ele deveria assumir sua incompetência e renunciar. Ou quem tem poder para isso, que é a Assembleia Geral, poderia retirá-lo de lá antes que ele comprometa o futuro do futebol brasileiro como um todo.
A saúde financeira da CBF que parecia inabalável parece agora estar em iminente risco. A atual gestão herdou um caixa de R$ 1,25 bilhão e receitas crescentes. E pelo que temos notícia, agora o saldo já está abaixo dos R$ 870 milhões. De abril até agora.
Nota da Redação: Segundo os balanços financeiros, a CBF fechou 2022, primeiro ano da gestão Ednaldo, com R$ 887,9 milhões em caixa. Em 2021, quando Caboclo e Ednaldo dirigiram a CBF cerca de seis meses cada um, R$ 723,9 milhões. Em 2020, o caixa fechou em R$ 873 milhões.
A pergunta que fica é onde o presidente gastou esses 400 milhões se o que observamos é o futebol brasileiro decaindo, a CBF completamente estagnada, a Seleção Brasileira de mal a pior! Uma bagunça completa, todo mundo insatisfeito, clubes abandonados! Um cenário realmente caótico.
Classificação e jogos
E se o presente preocupa, o que se projeta para o futuro é ainda pior. Gastos descontrolados, receitas em queda e contratos renegociados de forma absurda para valores inferiores aos praticados atualmente. Tem patrocinador que pagava R$ 80 milhões e agora paga R$ 40 milhões. Direitos da Seleção Brasileira desvalorizados em outros R$ 40 milhões por ano. Seis patrocinadores abandonaram ou não renovaram seus contratos. Nenhuma nova marca conquistada. Dezenas de fornecedores recorrendo à justiça para receber pelos serviços prestados. Protestos, SERASA, tudo um caos.
E essas são apenas algumas informações que chegam ao conhecimento da opinião pública. O quadro é realmente alarmante. É uma gestão de alto risco aos interesses do futebol e dos torcedores brasileiros.
Resposta da CBF
"A CBF não comenta fake news. No mais, é público que a entidade teve em 2022 o maior superávit de sua história.
Além disso, é público também que a CBF tem feito o maior investimento de sua história, atendendo os esquecidos até anos atrás, como os clubes das Séries C e D e o futebol feminino, o que já foi amplamente noticiado.
Tudo isso seguindo cláusulas de transparência e anticorrupção avalizadas pela Fifa, que anos atrás suspendeu repasses à CBF em função de escândalos de corrupção".
Marco Polo Del Nero
É ex-presidente da CBF. Eleito em 2014, tomou posse em 2015, mas precisou se afastar diante das denúncias de corrupção trazidas pelo FifaGate, investigação que apontou recebimento de suborno em contratos de direitos de transmissão. Del Nero posteriormente foi banido pela Fifa de todas atividades relacionadas ao futebol por 20 anos. Ele até hoje nega envolvimento.
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