Postura do Flamengo irrita até clubes que estão a favor da MP do mandante
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A briga do Flamengo por transmitir o jogo de ontem (8) contra o Fluminense pela Taça Rio, a qualquer custo, em sua própria televisão irritou até mesmo os clubes que estão a favor da medida provisória 984 editada pelo presidente Jair Bolsonaro, que dá o direito de transmissão para o mandante da partida.
O blog conversou com diversos clubes que aprovaram a chamada "Lei do Mandante", e todos repetiam palavras como "medida egoísta" e "mesquinha" ao descrever o que o clube presidido por Rodolfo Landim fez durante a última quarta-feira.
Há os que defendem o isolamento do rubro-negro em brigas futuras e destacam que o time só aumenta a sua imagem de antipatia que tem sido criada nos últimos meses.
Na ótica de clubes como Bahia, Athletico, Coritiba, Palmeiras, Santos e outros, a postura do Flamengo precisava ser a de um líder de um movimento que tenta mudar a história dos direitos de transmissão no país, enquanto a realidade tem sido de uma atitude imediatista e individualista.
Ainda de acordo com a visão dos clubes, a atitude flamenguista reforça o argumento dos que dizem que o Brasil ainda não está preparado para esta medida provisória e dá eco ao discurso dos que afirmam que a mudança na lei dividiria ainda mais os clubes do país, em vez de uni-los.
Além dos clubes unidos pela MP, a postura do Flamengo desagradou parte de sua própria torcida, que iniciou campanha nas redes sociais para não assistir ao jogo caso houvesse transmissão na FlaTV.
O atual campeão brasileiro pôde ser beneficiado pelo TJD, que tentou anular o sorteio feito na FERJ para definir quem seria o mandante da partida. Como o Fluminense foi escolhido, o Flamengo não poderia se apoiar na MP para transmitir o jogo. A estratégia, então, foi a de afirmar que não deveria haver mandante em um jogo que poderia representar a final do Estadual. Mais tarde, minutos antes do jogo, o STJD usou o poder de instância superior para anular a decisão do TJD.
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