Palmeiras adia pagamento à Crefisa com Dudu emprestado. Isto é bom ou ruim?
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Com a saída do Dudu tendo sido negociada por empréstimo, o Palmeiras não se vê obrigado a quitar parte da dívida com a Crefisa. O modelo de negócio feito entre clube e patrocinadora prevê que o Alviverde só é obrigado a ressarcir sua parceira com juros e correção quando o vínculo com o atleta acaba, seja pela venda dos direitos econômicos ou pelo término do contrato. Há quem comemore o modelo de negócio, mas há também os que destaquem os pontos negativos.
O principal jogador palmeirense fez as malas e assinará em breve com o Al-Duhail por 7 milhões de euros (R$ 42 milhões na cotação atual) por um empréstimo de um ano. Depois desse período, o time do Qatar terá a opção de ficar em definitivo com o atacante pagando mais 6 milhões de euros.
Em 2017, a empresa de Leila Pereira colocou cerca de R$ 13 milhões para comprar os 50% dos direitos que ainda pertenciam ao Dínamo de Kiev, para que os palmeirenses fossem donos de 100% do camisa 7. Se o atleta fosse vendido, essa grana precisaria ser reembolsada pela Crefisa, adicionada das correções.
Como o acordo foi por empréstimo, o Palmeiras pode ficar com os R$ 42 milhões, mantém o vínculo com Dudu com a possibilidade de tê-lo de volta em 2021, diminui despesas ao deixar de pagar o principal salário do elenco e ainda pode aliviar o caixa com a verba arrecadada. Os defensores da atual gestão só enxergam pontos positivos na operação, especialmente porque o jogador manifestou diversas vezes a vontade de sair.
Em contrapartida, há os que destacam pontos negativos. Ao mesmo tempo que aumenta a receita de 2020 e diminui os impactos financeiros causados pela pandemia, o Alviverde arrasta a dívida com a Crefisa, que começou em R$ 120 milhões e, hoje, ultrapassa a casa dos R$ 170 milhões.
A cada dia que passa, esse total vai sendo acrescido de juros e correções. Curiosamente, essa dívida é oriunda de um investimento feito pela patrocinadora como um presente. Depois de uma fiscalização da Receita Federal, no entanto, o presente se transformou em dívida. De uma hora para outra, o clube assinou um documento que transferiu todo o risco das negociações para ele mesmo.
Se antes o clube não tinha risco algum ao investir milhões em nomes como Borja, Guerra e Deyverson, depois dessa atualização na parceria, todo o problema fica na mão do Palmeiras. Não à toa, a diretoria torce mais do que nunca para que o colombiano bata suas metas no Junior Barranquilla e tenha parte de seus direitos comprada.
A lista de atletas comprados com com ajuda da Crefisa é longa e tem outros nomes além dos citados acima como Fabiano, Bruno Henrique e Carlos Eduardo, por exemplo.
Vale destacar que Leila Pereira, que se transformou em conselheira sob protestos, não esconde a intenção mais de ser presidente do Palmeiras. Hoje, ela é considerada favorita para a sucessão de Maurício Galiotte. Se o favoritismo se transformar em vitória nas urnas, ela assumirá um clube que deve mais de R$ 170 milhões para a sua própria empresa.
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