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Danilo Lavieri

Atrás de substituto de Dudu, Palmeiras vê Artur brilhar contra o São Paulo

Colunista do UOL

24/07/2020 04h00

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O palmeirense que foi dormir incomodado na quarta-feira com a derrota para o Corinthians foi para a cama ontem (23) pensando se o Artur, atacante vendido para o Red Bull no início do ano, não podia ser o substituto ideal para Dudu. Ele foi o destaque na vitória do Red Bull contra o São Paulo, no retorno de ambas as equipes no Paulistão.

Ele fez um belo gol, deu uma assistência e foi o jogador que mais tentou driblar. Todos os itens em que Dudu costumava se destacar quando jogava pelo Alviverde.

Vanderlei Luxemburgo não pode ser culpado pela falta de oportunidades a ele. Quando assumiu o Palmeiras, o treinador afirmou que gostaria de contar com o jogador, mas não pôde fazer nada quando ouviu da diretoria que ele seria vendido por 6 milhões de euros, o que significou R$ 27 milhões na época. Ele foi fundamental para abater um déficit que chegou a R$ 40 milhões e ajudou o Alviverde a fechar 2019 no azul.

Antes disso, Artur também chegou a estar nos planos de outros treinadores, mas perdeu oportunidades por diferentes motivos. No início de 2017, ele ficou sem espaço após contratações como as de Keno e Willian e foi para o Londrina. Na Série B, ele teve destaque com oito gols em 34 jogos. Foram ainda dez assistências, o que o colocou como líder no quesito ao lado de D'Alessandro. Na época, a diretoria resistiu a sondagens por ele para usá-lo em 2018.

O atacante, então, começou o ano de 2018 nos planos de Roger Machado, mas pouco pôde jogar por duas lesões sérias: um problema nos ligamentos do tornozelo e uma fratura no braço. Neste meio tempo, Luiz Felipe Scolari assumiu o time em junho, mas não se animou com o que viu. Ele chegou até a ser "emprestado" para a equipe sub-20. O técnico, então preferiu contar com Felipe Pires e Carlos Eduardo, o que fez Artur ser emprestado em 2019 para o Bahia.

Em Salvador, ele fez os palmeirenses se arrependerem do empréstimo. Felipe Pires e Carlos Eduardo não engrenaram, enquanto Artur foi um dos destaques de sua equipe. Foram 57 jogos, dez gols e 11 assistências, o que chamou novamente a atenção do mercado. Depois de três anos de testes, o Alviverde, então, resolveu ceder ao mercado e acertou a sua venda para o Red Bull Bragantino.

Aos 22 anos, o atacante faz parte do perfil de atletas contratado pelo time-empresa, que compra jogadores promissores de até 23 anos em sua maioria para formar um time com potencial de buscar uma vaga na Libertadores e, claro, ter poder de revenda. Resta ao palmeirense se consolar com o acordo que prevê 10% em cima de uma venda futura.