Base faz Palmeiras vencer e convencer pela 1ª vez após volta do Paulistão
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O domingo do palmeirense foi feliz não só pela vaga na final do Campeonato Paulista após a vitória contra a Ponte Preta. Também não só pelo ter feito a sua melhor apresentação desde a volta do futebol e finalmente vencer e convencer. O que arrancou o maior sorriso do torcedor foi ver que há futuro em apostar nas categorias de base.
Com excelentes apresentações de Gabriel Menino e Patrick de Paula, o palmeirense consegue finalmente imaginar um meio-campo que não dependerá de quem não dá mais motivos para confiar como Lucas Lima, Raphael Veiga e Gustavo Scarpa, que começaram o jogo fora dos titulares.
Sem achar um 10 ideal, Vanderlei Luxemburgo parece ter encontrado nos garotos a solução para dar movimentação e vigor ao seu time. E sobrou até para Bruno Henrique, que ficou longe de render o que mostrou no título de 2018, por exemplo, e senta no banco merecidamente.
Patrick, revelado na Taça das Favelas, não só fez o gol da vitória, como cumpriu papel determinante na marcação e no início das armações, para depois aparecer como elemento-surpresa na hora de finalizar de fora de área. Os mais empolgados fizeram comparações até com Paul Pogba.
Menino, recentemente atuando improvisado como lateral, foi ainda melhor. Confiante e com liberdade para subir, deu pelo menos três passes decisivos que viraram finalizações no melhor estilo de um armador, sem contar as outras vezes que apareceu já dentro da área para finalizar. Até um gol de bicicleta ele tentou. Esbanjou técnica e saiu aplaudido pelos torcedores que estavam do sofá de casa.
Vanderlei Luxemburgo tem o mérito de ter apostado nos garotos e também o de recuar Felipe Melo para a zaga, dando espaço para a base aparecer. Tem mérito de tentar uma formação sem um 10 de ofício e testar algumas variações táticas. Felipão, um de seus antecessores, preferiu aproveitar do bom momento econômico para nem sequer observar os garotos ou então insistir em quem já não rendia mais. Sempre em busca do 9 que podia dar a "casquinha".
É bom lembrar que Menino e Patrick são garotos perto dos seus 20 anos. Vão oscilar, podem sentir a pressão e precisam da paciência do torcedor. São joias que precisam ser lapidadas.
Também é legal lembrar que não para por aí. O Palmeiras ainda tem Gabriel Verón se recuperando de uma lesão; Wesley merecendo ao menos ser testado no lugar de Rony, que ainda não empolgou; Esteves, que é uma boa opção enquanto Viña não volta; Angulo, que voltou às pressas de um empréstimo do Cruzeiro e quase entrou em campo hoje; tem até Allanzinho, que já esteve no radar de Real Madrid e Barcelona e pode ser o toque de ofensividade do meio-campo. E o sucesso de Menino e Patrick abre porta para isso.
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