Não há meio termo para o Palmeiras contra o Corinthians: é céu ou inferno
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Tão logo a final contra o Corinthians foi confirmada no Paulistão, o clima entre conselheiros e diretores do Palmeiras era unânime: agora, vai ou racha. Minutos depois do triunfo liderado pela base contra a Ponte Preta, o panorama era de um Alviverde muito mais pressionado, em um encontro que não há meio-termo. É céu ou inferno.
Se de um lado existe um time que estava desacreditado e chega à quarta final consecutiva, em busca de um tetra inédito, do outro, há um rival querendo se livrar de um histórico de freguesia que dominou o confronto nos últimos anos. Claro que uma derrota não cairia bem para o time de Parque São Jorge, mas o histórico recente mostra que os estragos seriam maiores do outro lado.
Com oito derrotas nas últimas 12 partidas, os duelos com o Corinthians são os que mais pressionam Maurício Galiotte durante a sua gestão. A frase "precisamos aprender a jogar o dérbi" é repetida com regularidade nas arquibancadas e ecoa nas alamedas do Palestra Itália.
Só as derrotas para o Flamengo, no ano passado, causaram turbulência comparável. Foi a derrota para o Corinthians, com atuação polêmica da arbitragem, que eclodiu a grande crise entre Palmeiras e Federação Paulista de Futebol no episódio marcado como "Paulistinha" em 2018. É o Corinthians o time que mais incomoda no Allianz Parque: são sete jogos, com quatro derrotas palmeirenses.
Aliás, o péssimo desempenho do Palmeiras no clássico nos últimos tempos é o que faz o retrospecto histórico entre eles voltar a ser equilibrado depois de quase 50 anos de predominância verde. Perder de novo seria uma passagem direto pro inferno e uma turbulência para Vanderlei Luxemburgo comandar daqui para frente. O treinador já teve uma mostra quando viu sua equipe ser derrotada pelos arquirrivais na primeira fase, com depredação na sede social.
Um triunfo contra o Corinthians na final significaria o oposto. Seria a chance de entrar no Brasileirão com um respaldo para que os garotos continuem a se desenvolver. Seria o apoio para Luxemburgo mostrar que pode vencer, finalmente, um time de Série A em 2020, fato que não aconteceu até aqui.
É a chance para o Palmeiras ganhar um campeonato de mata-mata, coisa que não acontece desde 2015, na Copa do Brasil. Na comissão técnica, há o consenso que ganhar do Corinthians é a chance de dar "punch" para os garotos que são apontados como a esperança para o futuro.
É em um título como esse que algum jogador pode se candidatar ao cargo de substituto de Dudu. Não no aspecto técnico, mas na função de ídolo, de identificação com o torcedor. E tudo começa quarta-feira, 21h30.
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