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Danilo Lavieri

Como grupo que vende a Euro perdeu concorrência por direito do Brasileiro?

Lucas Figueiredo/CBF
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Colunista do UOL

18/08/2020 04h00

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Na semana passada, a CBF anunciou que a Global Sports Rights Management (GSRM) ganhou a concorrência pelos direitos internacionais do Brasileirão. A notícia surpreendeu alguns especialistas do mercado: afinal, por que a IMG, uma das maiores na área, não foi a vencedora? Como a empresa que tem, entre outros, os direitos de licenciamento da Euro, não foi a escolhida?

Há algumas diferenças entre as propostas apresentadas, mas a principal é que a IMG não gostaria de separar os direitos internacionais de transmissão do streaming para casas de aposta, que foi comercializado com o consórcio formado pela Zeus Sports Marketing/Stats Perform.

A ideia dos clubes é que o direito com as apostas seja muito mais lucrativo a curto prazo. Os 40 times que disputam Série A e Série B consideraram que o que foi oferecido para a transmissão em casas de aposta foi um ótimo valor se comparado com as ofertas iniciais para outras ligas.

Na proposta inicial, a IMG, além de não dar nenhum valor fixo pelos direitos de transmissão, gostaria de ficar também com os direitos de streaming para o seu braço de aposta.

É também por isso que os clubes toparam um valor fixo tão baixo pelos direitos internacionais de televisão, como mostrou o blog do Marcel Rizzo. Os times da Série A vão receber algo na casa dos R$ 2 milhões e esse valor cresce a cada real que a GRSM arrecada pelos direitos de transmissão.

É verdade que a receita não representa muita coisa nos cofres dos times, mas essa é uma propriedade que simplesmente não existia, por um campeonato que nunca foi valorizada no exterior. Esse foi considerado o ciclo de vitrine, com a esperança que o Brasileirão cresça como um produto lá fora.