Diretoria do Palmeiras culpa mais elenco do que Luxemburgo por futebol ruim
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Maurício Galiotte, Anderson Barros e companhia entendem que o desempenho do Palmeiras precisa e pode melhorar. A diretoria do Alviverde, no entanto, aponta que os principais responsáveis para isso são os jogadores e não os membros da comissão técnica.
Depois do empate com o Goiás com 15 desfalques pela pandemia, as cobranças foram mais direcionadas para alguns atletas que não têm desempenhado um bom papel do que em cima de Vanderlei Luxemburgo e seus auxiliares. Será que hoje, às 19h30, o time vai mostrar alguma evolução diante do Athletico?
Na ótica da cúpula palmeirense, alguns atletas foram contratados a peso de ouro para o time paulista pelo o que mostraram em outra equipe e não conseguem repetir o mesmo desempenho quando vestem a camisa verde e branca.
A diretoria ainda mantém que a escolha por Vanderlei Luxemburgo foi acertada e aposta que ele tem capacidade de entregar um time que produza mais. Vale lembrar que Maurício Galiotte anunciou em coletiva em dezembro que "o Palmeiras iria acompanhar as mudanças do futebol brasileiro".
Naquela ocasião, a referência era clara ao movimento de times como o Flamengo, de Jorge Jesus, e Santos, de Jorge Sampaoli. Não à toa, logo após a demissão de Mano Menezes, o argentinou virou o alvo, chegou a sentar para conversar, fez análise completa do elenco palmeirense, encantou pelo conhecimento das categorias de base, mas acabou deixado de lado por pedir muito mais do que o Alviverde gostaria de pagar e por mudar suas condições a todo instante.
Sem o acerto com o hoje comandante do Atlético-MG, a solução foi contratar Vanderlei Luxemburgo, cujo último trabalho havia sido livrar o Vasco do rebaixamento. Campeão nos anos 90 e um dos maiores vencedores da história do Palmeiras, o treinador repetiu diversas vezes em entrevistas antes de ser recontratado que a tática não era tão importante quanto dizem e que o futebol não mudou tanto quanto apregoam.
Faz até sentido a diretoria querer interromper o ciclo de demissões de treinadores e dar respaldo ao comandante, mas o difícil de entender é como Luxemburgo poderia representar "as mudanças do futebol brasileiro" como disse Galiotte.
O título paulista foi importante para dar mais ânimo ao torcedor por ter sido conquistado em cima do Corinthians, mas só. Tirando a emoção da final de enfrentar um arquirrival, o palmeirense não se empolgou com nenhum jogo apresentado e não vê evolução em campo. Claro que a paralisação pela pandemia prejudica o trabalho dos treinadores, mas isso existe para todos os times.
Até aqui, o Palmeiras nem sequer venceu um time de Série A. Não é à toa que, há anos, o Estadual representa mais problema para quem perde do que soluções para quem ganha. Vanderlei Luxemburgo já mostrou que entende de futebol. Resta saber se o conhecimento mostrado por ele até aqui será o suficiente para fazer o time com a 4ª maior folha salarial do país jogar um futebol melhor.
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