Palmeiras paga por não cumprir promessa de Galiotte de revolução no futebol
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O principal motivo de pressão em cima do Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo é a promessa não cumprida de revolução no futebol. Era isso o que o torcedor esperava após a coletiva de Maurício Galiotte em dezembro de 2019 prometendo que o time acompanharia as mudanças do futebol brasileiro.
Na época, o presidente optou por demitir Mano Menezes e Alexandre Mattos e foi taxativo ao afirmar que o futebol havia mudado e que o time acompanharia isso.
A primeira ideia mostra o que queria o seu presidente: o projeto era contratar Sampaoli. Não deu certo, e a opção escolhida foi a que melhor agradava ao Conselho e ia no caminho oposto da promessa feita por ele mesmo.
Miguel Angel Ramirez, a outra opção, foi extremamente elogiado pelo aspecto tático pela própria diretoria palmeirense, mas a conclusão era que ele não estaria pronto para suportar a pressão que é dirigir o time de Palestra Itália.
Vanderlei Luxemburgo tem uma grande história, disputa palmo a palmo com Luiz Felipe Scolari o posto de treinador mais importante do clube, mas não estava nem perto de ser o grande indicado por uma revolução no futebol. Basta ver seus trabalhos recentes.
Enquanto estava desempregado, aliás, o treinador deu diversas entrevistas minimizando o aspecto tático e valorizando o talento do futebol brasileiro, quando a grande referência da época era o Flamengo de Jorge Jesus, que mudou um time claramente usando a tática.
Há quem diga que o Palmeiras mereça mais calma do torcedor por conta das dificuldades da pandemia, por conta dos problemas financeiros decorrentes de 2019, pela saída de Dudu... Tudo isso é verdade, mas, ainda assim, com o elenco que tem e com a quarta maior folha salarial do país, o Alviverde precisava jogar mais.
O título do Paulista foi um alívio. Conquistado em cima do Corinthians, a conquista serviu para interromper a sequência de freguesia que se desenhava contra o seu principal arquirrival, mas não para fazer o torcedor pensar: "agora vai".
Agora, Maurício Galiotte se vê em uma situação mais delicada. Enquanto mantém o discurso que ainda acredita no projeto, perde parte do apoio que tinha dos mesmos conselheiros que pediam Luxemburgo. Se o Palmeiras não melhorar, a pressão só vai aumentar e, pelo apresentado nas últimas partidas, é isso que vai acontecer. O presidente terá cada vez menos apoio e a sequência de jogos de setembro, com Libertadores e um clássico contra o Corinthians, será definitiva para entendermos o futuro da comissão.
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