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Danilo Lavieri

Após protestos de clubes, CBF quer reunião urgente por público em estádios

Alexandre Vidal/Flamengo
Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

Colunista do UOL

19/09/2020 12h46

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Com Caio Blois e Thiago Ferri, do UOL, no Rio de Janeiro e em São Paulo

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) entrou em contato com alguns clubes nas últimas horas para mostrar a intenção de marcar uma reunião de urgência para tratar da volta de público aos estádios. Ainda não há uma data para o encontro. Ontem, Andrés Sanchez disse que o Corinthians não entraria em campo caso a reabertura dos portões não fosse feita no mesmo momento para todos os times.

A entidade age para diminuir a insatisfação de seus filiados com a possibilidade de volta de torcedores apenas em jogos no Maracanã. A Ferj e a Prefeitura do Rio anunciaram que o jogo do dia 4 de outubro, entre Flamengo e Athletico, já terá a venda de ingressos. A CBF, no entanto, ainda não se pronunciou sobre o caso.

Apesar de só o Corinthians ter tornado a reclamação pública, não é só ele que está insatisfeito. Times como o Palmeiras, Fluminense, Botafogo, Internacional, Grêmio, Atlético-MG, Ceará e Bahia são contra o retorno do público em apenas uma cidade. A palavra mais usada por eles é "isonomia". Na ótica deles, haverá desequilíbrio técnico caso apenas alguns tenham apoio do torcedor.

A maioria dos clubes pede que as autoridades de saúde sejam ouvidas e aprovem um protocolo de retorno antes que a decisão seja tomada pela CBF, pelas federações ou diretamente pelos times.

A novela repete o que foi a liberação dos times para os treinos. Cada Estado toma a decisão de escolher quais atividades estão liberadas durante a pandemia.

Há uma corrente, inclusive dentro da CBF, que sugere a volta do público apenas para novembro caso o número de casos de infectados pelo coronavírus continue diminuindo até lá.

A volta de público para os estádios é uma medida essencial para estancar o prejuízo dos clubes com a realização de jogos com portões fechados. Até a 9ª rodada, os clubes do Rio de Janeiro lideravam com folga o ranking de despesas.