Realização de Palmeiras x Fla salva CBF de crise, mas deixa ferida aberta
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A liminar que permitiu a realização de Palmeiras e Flamengo ontem saiu praticamente 10 minutos antes do horário marcado para o jogo começar. Mais do que permitir que a bola rolasse, a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) salvou a CBF daquela que seria uma das maiores crises de sua história.
Durante todo o fim de semana, vários clubes insatisfeitos com a postura flamenguista nos últimos dias se articulavam para dar uma resposta ao time carioca. Os mais exaltados pensavam até em sugerir a exclusão do atual campeão brasileiro do campeonato. Os mais calmos pediam multa em dinheiro e perda de pontos.
Em resumo, os 19 clubes mostraram insatisfação de alguma forma. Alguns foram a público, como foi o caso de Goiás, Atlético-MG, Palmeiras e Corinthians. Outros só concordaram, nos bastidores, em apoiar as ações e a pressão na CBF. Até mesmo a Globo sinalizou estar contra a postura flamenguista.
A entidade sabia do tamanho da crise que enfrentaria caso a bola não rolasse. Por isso, fez questão de mostrar que estava contra o Flamengo e ao lado dos outros 19 times. Durante todo o fim de semana, representantes da CBF mantiveram contato com dirigentes dos clubes. O jurídico da entidade fez esquema de plantão por quase 24 horas para conseguir derrubar os impedimentos na Justiça para que a bola rolasse.
Se isso não acontecesse, uma reunião de emergência já estava pré-marcada para definir os rumos da competição, sendo a paralisação uma forte tendência entre os 19 clubes. "Que o Flamengo crie um campeonato só dele", foi uma das frases que esse blog ouviu durante o fim de semana com algumas variações, dependendo do sotaque do dirigente que respondia.
O fato de o jogo ter acontecido salva a CBF de uma de suas maiores crises, mantém o Campeonato Brasileiro rolando, mas não fecha de vez a ferida no relacionamento entre Flamengo e os outros clubes.
Nos próximos dias, novos capítulos de outra parte da crise ainda devem surgir. O Flamengo não desistiu de obter a liberação do público em seus jogos, mesmo que os outros 19 clubes tenham votado contra essa medida.
É preciso até ver como será o relacionamento dos dirigentes do Flamengo com outros clubes em outras pautas, como no caso do Futebol Mais Livre, que é o movimento dos clubes que são a favor da MP do Mandante. Novos encontros serão realizados nesta semana.
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