Se elenco do Palmeiras está curto, por que Luxemburgo não usa Guerra?
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Em sua última coletiva de imprensa após a derrota para o Botafogo, Vanderlei Luxemburgo disse que precisa de contratações e que o elenco está curto. Afinal, se está precisando de reforços, por que não usar Alejandro Guerra, que ainda tem contrato e está recebendo seu salário normalmente? E ainda por cima é meio-campista, uma das posições que mais precisam de alternativas?
A explicação ouvida por este blog foi feita por membros da diretoria e da comissão técnica e apontam para mudanças nas decisões do próprio jogador. No início do ano, ele estava definido a deixar o Brasil. Quando uma oportunidade foi encontrada, ele disse que era a hora de ficar no país.
Em janeiro, quando o clube fazia seu planejamento, jogador e seu representante foram chamados para a discutir o futuro. O Palmeiras havia definido que toparia emprestá-lo novamente, mas sem renovação de contrato como havia acontecido em outros momentos. Cinco clubes, entre eles Coritiba, Vasco e Goiás, apresentaram interesse, mas o meia informou que gostaria de atuar fora do Brasil.
A diretoria, então, passou a buscar soluções fora do país, mas sempre esbarrou em questões econômicas, especialmente por conta da diferença salarial entre times brasileiros e os do resto do continente. Para piorar a situação, em março, a pandemia interrompeu qualquer possibilidade.
No meio do ano, com o futebol retornando aos poucos, a diretoria apresentou uma oportunidade de ir para o Rionegro Águillas, da Colômbia, com parte do salário pago pelo Palmeiras para facilitar o negócio. O jogador, então, disse que não tinha interesse e que achava que poderia render mais no Brasil. Ele ainda lembrou que já tinha sido o melhor atleta de uma edição da Libertadores e que merecia mais oportunidades.
Diretoria e comissão não concordaram e resolveram, então, que Guerra ficaria afastado até o término do seu contrato, em dezembro deste ano. Apesar de sua situação, o venezuelano tem um alto salário pago em dia e um custo de R$ 10 milhões por sua contratação que está entre os milhões que o Palmeiras deve para a Crefisa.
Enquanto isso, o Alviverde segue com a política de topar fazer contratações para reforçar o elenco, desde que elas sejam responsáveis e dentro de um perfil financeiro que não comprometa o caixa nas próximas temporadas.
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