Palmeiras paga por escolha política com Luxa e sofre na busca de substituto
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A dificuldade para encontrar um substituto para Vanderlei Luxemburgo é consequência de uma escolha política feita por Maurício Galiotte e membros do Comitê Gestor em dezembro do ano passado.
Na época, a diretoria tinha o discurso de ver o Palmeiras acompanhar as mudanças do futebol brasileiro e havia avaliado nomes que "correspondiam com o DNA" do clube. Para agradar mais conselheiros e alguns dos vices, Galiotte acabou com Vanderlei Luxemburgo, em uma escolha onde a motivação foi mais política do que técnica. Hoje em dia, o cartola reconhece o erro.
O treinador é um dos mais vitoriosos da história do futebol brasileiro, tem passado de conquistas com o Alviverde, mas não fazia um trabalho que mostrava "o novo futebol" desde o início dos anos 2000. A escolha gerou insatisfação no então recém criado Comitê Gestor, mas prevaleceu por ser "um nome do Conselho".
Agora, o discurso é o mesmo, mas o Palmeiras encontra dificuldades para que ele vire realidade. Se tivesse aproveitado a saída do Mano no fim da temporada passada para já fechar com alguém que representasse a modernidade e não a história, o time estaria com o projeto em andamento e não em busca de um comandante na reta final da Libertadores, perto do segundo turno do Brasileirão e em vias de começar a participação da Copa do Brasil.
Miguel Ángel Ramírez, por exemplo, era um dos concorrentes após o não de Jorge Sampaoli, mas sua inexperiência foi usada como argumento por alguns dos membros do Comitê Gestor naquela ocasião para que a contratação não fosse feita.
Nove meses depois, a inexperiência já era coisa do passado, mas, na nova tentativa, o espanhol não sentiu firmeza para deixar o Independiente Del Valle no meio da temporada e propôs assumir o time só em janeiro, o que foi negado pelo Alviverde por diferentes motivos.
Há outros técnicos que têm por filosofia não assumir o time no meio da temporada. Também existe aquele que não topa conversar quando está empregado. Ainda há outros, como Gabriel Heinze, que estão livre no mercado, mas gostam de discutir extensamente o projeto antes de dizer um sim definitivo. Todas essas opções dificultam a vida de Anderson Barros.
A diretoria do Palmeiras tem evitado comentar o assunto para não transformar tudo em novela, diz que já tem tratativas com candidatos, mas vai perdendo tempo precioso na tentativa de fazer seu time jogar bola e na reformulação do projeto e do elenco. Como contratar reforços sem saber o perfil de quem vai assumir? Não há margem para errar.
Em uma situação econômica não tão confortável como aconteceu recentemente, o Alviverde ainda encontra dificuldades por conta do câmbio alto. Enquanto isso, Andrey Lopes vai tentando se virar com o que tem e já vê até a onda do "Cebolismo", em referência ao seu apelido, tomar conta das redes sociais.
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