Seleção brasileira ficou presa na burocracia do "roda, roda, roda"
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O jogo da seleção brasileira ficou longe de empolgar o torcedor no Estádio do Morumbi, pela 3ª rodada das Eliminatórias da Copa. Apesar da vitória por 1 a 0 contra a Venezuela com gol de Roberto Firmino, o time não mostrou nada que justificasse a escolha do torcedor sacrificar a noite de sua sexta-feira para ficar os 90 minutos na frente da TV.
Com desfalques importantes como os de Neymar, Philippe Coutinho e Casemiro, a equipe de Tite ficou burocrática demais, apesar de praticamente não ser incomodada pelo adversário. Com a ausência de público, foi possível ouvir o técnico o tempo inteiro orientando seus comandados e a palavra mais falada era "roda".
A bola ficava passando de um lado para o outro, mas faltou alguém que conseguisse dar profundidade, seja com dribles ou com triangulação. O jogo ficou preso, apesar da clara organização tática feita nos treinamentos de Tite.
Mantendo o esquema em que Renan Lodi virava ponta na hora de atacar, a equipe enfrentou dificuldades para encontrar espaços na defesa da Venezuela, que praticamente não passava do meio-campo. Faltou alguém que conseguisse ter a iniciativa do drible, que tentasse entortar a cintura do marcador.
Richarlison foi escalado como referência, com Jesus e Firmino trocando de posição conforme a necessidade do jogo. Everton Ribeiro, que assumiu a função de criar, muitas vezes recebia a bola, rodava de um lado para o outro, mas não conseguia o passe em profundidade.
Douglas Luiz, que foi muito bem diante da Bolívia e contra o Peru, não conseguiu ajudar na distribuição de bolas e acabou substituído no intervalo por Lucas Paquetá, que também pouco fez.
No segundo tempo, Tite ainda deu chances a Everton Cebolinha e Pedro, que também pouco fizeram para levantar o torcedor do sofá.
Monotonia à parte, a seleção mantém o 100% de aproveitamento nas Eliminatórias e consegue se distanciar da Argentina, que empatou ontem com o Paraguai.
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