Brunoro lembra de proposta recusada por Maradona para jogar no Palmeiras
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O torcedor palmeirense já pôde sonhar em ver Diego Armando Maradona com o uniforme de sua equipe. Em 1992, a Parmalat tentou contratá-lo como reforço de impacto para o Palmeiras, na parceria que viria a se confirmar como vencedora anos depois.
Em entrevista ao blog, José Carlos Brunoro, então diretor da parceria, contou como foi a semana que passou em Buenos Aires negociando com o estafe do então atleta argentino que morreu hoje (25), aos 60 anos de idade.
"O Palmeiras, através do Parma, se interessou pelo Maradona porque estávamos chegando em 1992 com a Parmalat. Houve a possibilidade de ele estar sem clube e fazer essa negociação. Fui para Buenos Aires, encontrei com o estafe dele, o pessoal que cuidava dele. Eu queria fazer uma proposta de um projeto para ele. Fiquei em Buenos Aires uma semana negociando", lembrou o hoje dirigente do Cruzeiro.
Na ocasião, o Alviverde contava com o investimento milionário da empresa italiana. Maradona, além de agregar no aspecto tático, também seria um garoto propaganda da parceria.
A possibilidade mexeu com os palmeirenses da época, inclusive com o elenco. O hoje técnico do Cuca chegou a declarar sua empolgação em poder dividir espaço com o argentino.
"Eram mais ou menos US$ 5 milhões de dólares. Mas o importante era o interesse técnico. Queríamos mostrar para o Palmeiras que estávamos querendo fazer uma boa equipe de verdade, para acabar com a fila. O segundo momento era um interesse promocional e de marketing. A Parmalat estava investindo no Brasil, ia investir na América do Sul. Tanto que depois entramos no Boca Juniors", lembrou Brunoro.
Maradona escolheu o Sevilla, da Espanha, onde teve passagem curta. Na justificativa ao dizer não para o Palmeiras, o ex-jogador explicou que talvez não seria entendido pelo povo argentino caso resolvesse jogar no Brasil e não no seu país em caso de recusa aos europeus.
"A coisa andou, mas o Maradona falou com que seria muito difícil jogar no Brasil pelo povo argentino, que eles não iam entender. Esbarrou muito foi que ele queria que o povo argentino talvez não entendesse a posição dele de jogar no Brasil", completou.
Depois, em entrevistas para veículos da Argentina, Dios afirmou que não topou jogar no Palmeiras por não gostar da intenção da Parmalat.
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