Candidato a Conselho do Santos é preso por suspeita de lavagem de dinheiro
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Evaristo Lopes Neto, candidato ao Conselho do Santos e sócio da empresa Lopestur, foi preso na última sexta-feira por uma operação ilegal de câmbio e suspeita de lavagem de dinheiro na cidade do litoral de São Paulo. Foram apreendidos mais de R$ 5,5 milhões em espécie, segundo reportagem do jornal A Tribuna.
Ele faz parte da Chapa 4, que tem Andrés Rueda como candidato à presidência. Em contato com o blog, a coordenação da Chapa União Pelo Santos afirmou que soube da imprensa da notícia e que não há como excluir Evaristo do grupo agora.
"A coordenação da União pelo Santos esclarece que soube do ocorrido com Evaristo Lopes pela imprensa e lamenta o ocorrido. Sobre uma eventual mudança, a Chapa deixa claro que nada pode fazer agora, porque a lista já foi registrada, homologada e publicada. O artigo 34 - parágrafo terceiro, do Estatuto Social do Santos Futebol Clube, impede que seja feita qualquer alteração", afirmou.
"Destacamos que em nossa chapa temos a união de vários grupos e cada um indicou seus candidatos ao Conselho Deliberativo e na ordem que quisessem. Não existiu veto. A Chapa União pelo Santos defende que todos os crimes sejam investigados e os responsáveis sejam punidos", afirmou o grupo por meio de comunicado.
A reportagem do jornal A Tribuna que revelou a ação da polícia ainda conta que Alexandre de Oliveira Lopes, irmão de Evaristo e também sócio da empresa de turismo, foi outro preso. Os dois foram soltos após pagamento de mais de R$ 10 mil cada de fiança. Outras três pessoas ainda foram presas.
O blog tentou contato com o advogado de Evaristo, José Luiz Macedo, mas não obteve sucesso nas ligações ao seu escritório. Ao jornal, ele disse que os irmãos não têm relação com os outros presos e que eles comprovarão a origem do dinheiro.
Após a publicação desta reportagem, Evaristo enviou comunicado pelas redes sociais, reproduzido na íntegra abaixo:
Com relação à matéria veiculada no site de notícias UOL, de sua autoria, envolvendo meu nome e de meu irmão Alexandre, de maneira tendenciosa e totalmente afastada da realidade dos fatos, cabe esclarecer que minha pessoa não foi acusada do crime de lavagem de dinheiro, ao contrário do afirmado na citada reportagem.
A vultosa quantia referida na matéria (5.5 milhões) não se relaciona com a diretamente com minha pessoa, sendo certo que a matéria induz a tal raciocínio, faltando com a verdade.
Todos os fatos foram devidamente elucidados para a autoridade policial, com total colaboração de nossa parte e serão oportunamente esclarecidos.
Jamais tive cargo diretivo no meu clube de coração e, nos meus 66 anos de idade, de incansável atividade profissional, sem nenhum fato desabonador em minha vida resolvi colocar meu nome como pleiteante ao cargo de Conselheiro para colaborar no crescimento e grandeza do glorioso Santos Futebol Clube.
As chapas do Conselho do Santos Futebol Clube contam, cada uma, com trezentos candidatos, perfazendo quase duas mil pessoas, as quais tem suas virtudes e defeitos.
Triste ver meu nome ser usado como forma de agredir politicamente a Chapa União pelo Santos, além do claro desgaste e desmoralização como cidadão, quando se culpa alguém antes de eventual processo.
Todos os fatos serão devidamente aclarados na esfera competente.
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