Topo

Danilo Lavieri

Por que Palmeiras ignorou pedido de Borja por nova chance na Libertadores?

Miguel Borja em ação pelo Junior Barranquilla contra o Flamengo em março de 2020 - Daniel Munoz/VIEW press via Getty Images
Miguel Borja em ação pelo Junior Barranquilla contra o Flamengo em março de 2020 Imagem: Daniel Munoz/VIEW press via Getty Images

Colunista do UOL

21/12/2020 13h33

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Borja veio a público hoje (21) dizer que gostaria muito de ter uma nova chance defendendo o Palmeiras. Em entrevista ao ge.com, o colombiano admitiu que deixou o Brasil pensando em nunca mais vestir a camisa alviverde, mas que, ao ver que o Junior Barranquilla não efetuaria a sua compra, viu uma oportunidade única para entrar na semifinal da Libertadores diante do River Plate. E por que o time brasileiro ignorou a situação?

A equipe de Palestra Itália tem ideia que seria impossível ver seu atacante comprado pelo Junior Barranquilla desde outubro. Naquela ocasião, o time brasileiro abriu mão de uma cláusula que obrigaria os colombianos a comprarem o atleta de acordo com algumas metas e, desde então, trabalha para recuperar seu investimento, que supera os US$ 13 milhões.

Mesmo com a carência de um centroavante no elenco, a avaliação da diretoria foi que o melhor seria manter o atleta afastado neste início. A burocracia por conta da janela de transferências fechada dificultaria muito a inscrição, apesar de existir uma possibilidade de sucesso. No momento, a única opção que tem todas as características de um centroavante é Luiz Adriano, que tem enfrentado dificuldades para não se lesionar. Willian e Rony são os que têm atuado de forma improvisada.

Apesar de não ter correspondido ao rótulo de maior contratação da história do Palmeiras, Borja tem bons números na Libertadores. Ele é o segundo maior goleador da história do clube na competição, só atrás de Alex. Neste último ano, ele fez 20 gols em 36 partidas disputadas, mais do que todos os atacantes do Alviverde.

Abel Ferreira avaliou a opção de usá-lo, mas a decisão de não contar com ele no elenco veio de forma conjunta da diretoria de futebol. Assim como Guerra, há a avaliação de que seu ciclo no Palmeiras já está encerrado e que o caminho natural é a venda para um outro mercado. A esperança é que o bom ano na Colômbia volte a chamar a atenção de times do exterior.

A situação só deve ser revista caso não chegue nenhuma proposta por Borja até o final de fevereiro, quando a temporada será encerrada e a janela reaberta. Seu contrato vai até 2021 e tem cláusula para renovações automáticas até 2023.