Acordo para ter imagens da Globo faz VAR da CBF ser vulnerável
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O sistema de VAR ser dependente das imagens produzidas pela transmissão da Globo é um risco que a CBF não pode correr. Ao depender da parceria para fazer a análise dos lances, a entidade corre riscos como o que aconteceu no jogo entre Palmeiras e Red Bull Bragantino no último domingo (27) no Allianz Parque.
Na ocasião, a CBF não pôde verificar se Gabriel Menino estava ou não em posição de impedimento para fazer o cruzamento para o gol de Luiz Adriano. Como mostrou ontem o blog, há um ponto cego na região de um dos escanteios do estádio palmeirense.
Esse ponto cego é gerado de acordo com o posicionamento e o zoom da câmera que estiver sendo usada para a transmissão. Não à toa, não foi a primeira vez que uma situação dessa foi discutida na CBF. Antes do episódio deste domingo, já havia acontecido uma reclamação do Ceará para um lance na mesma região.
Já houve outros incidentes que não puderam ser verificados com precisão por conta da falta de uma câmera decisiva na análise. Nestes casos, a recomendação é que a decisão do campo seja mantida. Com essa situação, a posição de Gabriel Menino não poderia ser verificada nem se o assistente marcasse impedimento. Como o auxiliar não notou a situação, o lance seguiu.
Recentemente, a Globo reduziu o número de câmeras e isso afeta diretamente o VAR. A CBF não tem como controlar esse tipo de situação e fica refém da transmissão da emissora, que tem como primeiro objetivo produzir imagens que sejam boas para o ponto de vista do telespectador e não necessariamente para a análise dos juízes de vídeo.
Se para a transmissão for melhor um zoom no técnico a deixar uma câmera aberta para analisar impedimento, por exemplo, a CBF fica sem material para o julgamento, o que pode gerar erros graves. E a Globo também não pode ser responsabilizada por essa opção. Os estádios e times também não podem ser culpados pelo problema. Controlar o VAR é responsabilidade da entidade nacional.
O blog segue aberto a um posicionamento da CBF sobre o tema, mas a entidade mantém a opção de não se pronunciar sobre o ocorrido.
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