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Danilo Lavieri

Palmeiras faz pior jogo da Era Abel e precisa aprender lição para final

Abel Ferreira acompanha Palmeiras x River Plate, jogo da semifinal da Copa Libertadores - AMANDA PEROBELLI / POOL / AFP
Abel Ferreira acompanha Palmeiras x River Plate, jogo da semifinal da Copa Libertadores Imagem: AMANDA PEROBELLI / POOL / AFP

Colunista do UOL

12/01/2021 23h32

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O Palmeiras foi irreconhecível em campo hoje (12) diante do River Plate. A equipe de Abel Ferreira conseguiu a proeza de transformar todos os méritos que teve no jogo de ida, quando ganhou de 3 a 0, em problemas graves na partida no Allianz Parque que só não foram fatais porque o VAR agiu duas vezes de maneira acertada na opinião deste blog para anular um gol e um pênalti para os hermanos.

É bem importante que o técnico português use esse episódio como um dos grandes exemplos de como não jogar uma decisão. Uma atuação dessa seria fatal em uma final com jogo único, por exemplo.

Se na Argentina o time teve concentração ao máximo, impediu as trocas de bola rápida dos argentinos e aproveitou quase todas as oportunidades que o adversário concedeu, no Brasil, a equipe pareceu nervosa, assistiu aos adversários atuarem e quando chegou não foi fatal.

Na ida, o meio-campo foi destaque com a recuperação de Rony e Gustavo Scarpa para ajudarem na marcação. Na volta, Danilo mostrou que nitidamente sentiu o peso do jogo, Zé Rafael não conseguiu segurar a bola e Gabriel Menino parecia desligado. Scarpa, por sua vez, fez um primeiro tempo de esquecer, com nada para se destacar.

Para piorar, Gustavo Gómez precisou ser substituído e deixou Luan e Alan Empereur formarem a dupla de zaga. Se na ida o time foi seguro, hoje, provocava calafrios em cada vez que o River passava do meio de campo. E isso aconteceu muitas vezes.

Se fora de casa o time não se preocupou com a arbitragem, mostrou maturidade incrível para um jogo deste tamanho, na volta, os atletas reclamavam a todo momento com a arbitragem, não mostraram a frieza na hora de segurar a posse de bola e erravam até na hora de cavar as faltas.

E mesmo quando a notícia parecia boa com a expulsão de Rojas, o Alviverde se manteve retraído, lotado de zagueiros que Abel Ferreira colocou para "fechar a casinha" e testando o coração de cada torcedor. Palmeiras teve mais sorte do que juízo.