São Paulo perdeu a estabilidade emocional, e nova diretoria tem culpa nisso
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A emboscada sofrida hoje pelo ônibus do São Paulo é mais um ingrediente no conturbado ambiente da equipe que há menos de um mês era a principal candidata ao título do Brasileirão. Extremamente pressionado, o Tricolor entrou hoje em campo diante do Coritiba cometendo erros por ansiedade e nervosismo e que geravam broncas e bate-boca dentro de campo, entre os próprios jogadores e entre Diniz e seus comandados. E a nova diretoria tem uma boa parte de culpa.
O empate veio em um erro de estratégia para um time que necessitava tanto da vitória para tentar recuperar a sua estabilidade: tomando contra-ataque mesmo ganhando por 1 a 0. O mesmo equívoco já tinha sido cometido pelo menos outras duas vezes depois de abrir o placar.
Além de ter grandes chances de ser rebaixado, o Coritiba ainda tinha dez desfalques por diferentes motivos e não contou nem mesmo com seu técnico à beira do campo. Não é um adversário que deveria oferecer tanta resistência a outro que está no topo da tabela. São dois pontos conquistados em 15 possíveis.
Há vários fatores decisivos para a queda de rendimento do São Paulo. Um deles foi muito evidente contra o Internacional no meio da semana, com a falta de um espírito de campeão. O episódio de Fernando Diniz xingando Tchê Tchê também causa ruídos até hoje. E a violência praticada por alguns "torcedores" a horas antes do jogo não ajuda em absolutamente nada. Pelo contrário: só assusta.
No aspecto administrativo, também é importante destacar que houve uma série de erros por parte de Julio Casares, presidente desde o dia 1º de janeiro. Há um excesso da presença de conselheiros no dia a dia, inclusive no comando de futebol. É difícil um clube de hoje em dia em que a política do clube social esteja tão presente como acontece no Morumbi na nova gestão e que ainda cometa erros como o atraso na renovação do contrato de Juanfran.
Raí tem menos voz do que tinha antes, e o ex-diretor Alexandre Pássaro tinha papel importante no papo entre elenco e diretoria, especialmente em um ano com dificuldades para pagar salários em dia. Não foi à toa que Daniel Alves lamentou a sua saída na coletiva no meio da semana. O principal ponto é que a demissão de Pássaro não foi por motivo técnico, mas político. Foi uma promessa de campanha que Casares não tinha como não cumprir, assim como colocar alguns de seus apoiadores mais próximos do futebol.
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