Rivaldo aposta em título do Palmeiras e imagina preleção emotiva de Cuca
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Aposentado e com casa em Orlando, nos Estados Unidos, Rivaldo afirmou que não perderá a final da Libertadores por nada. Em entrevista ao blog, o ex-jogador disse torcer e apostar no Palmeiras, mas afirmou que não há favorito no jogo contra o Santos marcado para o próximo sábado.
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O ex-meia afirmou que Cuca certamente usará na sua preleção o fato de o time da Vila Belmiro ter tido uma trajetória mais difícil que o time de Palestra Itália e sugeriu que Abel Ferreira faça uma marcação especial em cima de Marinho e Soteldo.
Por fim, Rivaldo previu um jogo em que o Palmeiras tentará neutralizar o Santos nos primeiros 20 minutos e, só então, tentar aplicar seu estilo de jogo para tentar o bicampeonato.
Confira a entrevista completa de Rivaldo promovida pela Betfair.net:
Danilo Lavieri - Você teve uma carreira bem vitoriosa, mas não ganhou a Libertadores. Sente falta?
Rivaldo: A Libertadores é uma competição que joguei, mas não tive a sorte de chegar a uma final. Qualquer jogador gostaria de ser campeão de uma Libertadores. Faltou na carreira, mas não posso reclamar porque ganhei vários títulos importantes.
Você tem uma previsão do que pode acontecer na final e um palpite do campeão?
Rivaldo: Não tem favorito, mas por ter carinho especial pelo Palmeiras eu acredito que dá para ganhar por 2 a 1. Mas não vai ser um jogo fácil, o Santos tem grande possibilidade de conquistar. Mas esse é meu palpite, palpite que não decide nada, né? (risos). O Santos está bem, jogando bem, o último jogo com o Boca foi muito bom e não vai ser fácil. É uma partida sem favorito, cada um tem 50% e fico feliz de o jogo ser no Maracanã. Vai ser um grande jogo.
A trajetória do Santos foi mais difícil do que a do Palmeiras para chegar na final. Isso dá mais confiança para o time?
Rivaldo: Essa trajetória dá uma confiança, porque a trajetória foi muito mais difícil. A do Palmeiras só contra o River que foi difícil e eu fiquei torcendo para terminar logo, todo mundo que gosta do Palmeiras ficou torcendo para acabar, porque os próprios jogadores estavam em uma situação difícil. O Santos teve caminhada difícil e com certeza vai ter isso na preleção do Cuca. Vai falar que ganhou de grandes clubes e que por que não pode ganhar do Palmeiras? Ele vai falar 'tiramos clubes do mesmo nível e podemos ser campeões'. O Cuca vai fazer a preleção, especialmente com os mais jovens, em cima disso. Não foi fácil tirar os adversários que o Santos tirou e agora é final. Do outro lado é a mesma coisa, cada um vai incentivar o outro, cada um com a sua história, de contar antes do jogo, durante a semana, porque é jogo único. É um jogo e deu, quem perder vai chorando para casa e quem ganhar é alegria total. Mas volto a dizer, não tem favorito.
Você já trabalhou com o Luxemburgo e o time só andou com a troca pelo Abel. Por quê?
Rivaldo: Quando se muda de treinador... o Luxemburgo fez um bom trabalho, contratou vários jogadores, foi campeão Paulista, foi campeão (da Flórida Cup) aqui em Orlando e as coisas estavam caminhando. Mas quando se perde, os torcedores começam a duvidar, o presidente duvida e aí teve a troca do Luxemburgo. Mas são os mesmos jogadores, com um novo treinador e as coisas mudaram. Ele poderia estar lá e chegar na final também. Mas é coisa do futebol. O português fez o time começar a jogar melhor, mas o Luxemburgo tem um papel importante pelo que fez. O Abel também é um grande treinador. Eu torço para que o Palmeiras chegue ao final e conquiste os títulos.
Falamos muito de Marinho e do Soteldo quando vamos analisar o Santos. No Palmeiras, fala-se do conjunto. Dá para dizer que o Santos é mais previsível?
Rivaldo: Quando você tem dois jogadores que fazem a diferença, que fazem a fumaça no ataque, esses jogadores são mais falados. Por isso falam do Soteldo e do Marinho, são dois jogadores que com certeza tem que ter atenção especial, que jogam com personalidade e alegria. O Palmeiras é mais o conjunto, o time não se fala tanto em um ou outro jogador. É mais no conjunto, fala da equipe, da maneira que joga, o conjunto mesmo. No Santos se falam de dois jogadores, mas isso é errado porque também tem outros grandes jogadores lá, moleques correndo, dando a vida pelo Santos. Fico feliz porque vai ser mesmo uma grande final e não vou perder
A falta de torcida pode ajudar ou atrapalhar os times?
Rivaldo: Eu já falo em todas as minhas entrevistas que quando não tem torcida, é um jogo triste. A gente escuta os jogadores, o técnico... Mas essa é a final. Não pode ter torcida, só alguns convidados, mas vai estar muita gente assistindo, o mundo inteiro ligado no jogo e o atleta sabe que a emoção é diferente mesmo, mas com a torcida a emoção dobra. É muito importante a torcida em um momento desse. É uma pena não ter. Mas é essa a situação e tenho certeza que todos vão dar o máximo de si dentro de campo para buscar a vitória.
Os times do Cuca são famosos por ter muita intensidade nos 20 minutos iniciais. É essa a principal ameaça ao Palmeiras?
Rivaldo: Claro que é importante, mas o Palmeiras já sabe disso, todo mundo já sabe como o Cuca joga, como é para atuar nesses 20 minutos. O Palmeiras via segurar o Santos e só vai começar a ter jogo mesmo depois dos 20 minutos. E aí acho que começa a ficar mais aberto.
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