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Palmeiras x Tigres: Startup usa software para projetar como será semifinal
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Usando um software que faz análises automáticas de estatísticas e movimentos de jogadores em campos, uma startup fez previsões de como será a partida de amanhã (7), às 15h (de Brasília), entre Palmeiras e Tigres, pelo Mundial de Clubes.
A xG é uma empresa que fornece inteligência de dados de futebol para clubes de todo o mundo e chegou recentemente no Brasil ao fechar com seu primeiro time (ainda não revelado) em janeiro. As análises mostram como a equipe mexicana foi soberana na Liga dos Campeões da Concacaf, mas ainda não enfrentou nenhuma outra equipe com o mesmo "poder de fogo" que o Alviverde. Sob essa ótica, o encontro deste domingo será de um time tentando controlar a posse contra outro tentando verticalizar sempre que tiver a bola. Essa é uma das conclusões do relatório e fica evidente no gráfico a seguir.

Na análise enviada ao blog, o Tigres é caracterizado por ser um time que tenta "a dominação pela posse". Na competição continental, a equipe do técnico brasileiro Ricardo Ferreti nada de braçadas e é o melhor de toda a competição em cinco itens: ataque, defesa, posse, técnica e imposição. O time ainda é o segundo melhor em bolas paradas e chances criadas de gol.
Na análise individual, o poder de ataque do time se concentra basicamente em Gignac. O relatório indica que isolar o francês pode desabastecer o time do Tigres, especialmente considerando que Nico López, o segundo goleador, não pode jogar por conta da covid-19.
Enquanto isso, o Alviverde é classificado como um time de ataque rápido e pressão intensa. No estudo, o Palmeiras ficou em segundo em quase todos os itens de análise na Libertadores: ataque, defesa, posse, técnica e imposição. Em bolas paradas, a avaliação classifica o Verdão como o 7º colocado.

Em um outro gráfico feito com a atuação individual de cada atleta contra o Santos, na final da Libertadores, fica evidente como o sistema defensivo foi fundamental, especialmente com Gustavo Gómez.
Como eles chegam aos números?
O software faz análises e agrupa os resultados em seis grandes grupos. São 13 itens que formam a avaliação para o ataque, entre eles chutes certos e errados, eficiência em cruzamento, passes para gols e outros. Para a defesa, são usadas estatísticas como desarmes, interceptações, recuperações e pressão pós perda.
No item posse, são sete números analisados como passes trocados, progressão com a bola e distância do passe. No quesito imposição, a análise considera duelos individuais de cada um dos atletas e a porcentagem de vitória em cada um deles. Por fim, ainda há avaliações no quesito técnica, que consideram acertos de passes, controle de bola e eficiência de finalização, e também no quesito bolas paradas, que consideram 13 itens de scout coletados ao longo do jogo.
Há também a análise de como o time gosta mais de trocar passes até chegar no gol adversário. No gráfico abaixo, quanto mais grossa for a linha, mais o time fez passes de um setor para o outro. À esquerda, está como foi a atuação do meio para o ataque do Tigres na final de sua competição continental. À direita, está o mapa de atuação do Palmeiras diante do Santos, evidenciando que há mais variações feitas pelo time brasileiro.

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