Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Atuação do Palmeiras no Mundial é alerta para quem quer seguir protagonista
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O Palmeiras sofreu muito mais do que devia na partida de hoje contra o Al Ahly nesta quinta-feira (11). Isso não apaga em nada a excelente temporada do Alviverde, com título da Libertadores, do Paulista e final da Copa do Brasil, mas serve de alerta para diretoria, comissão e torcida se o time quer continuar sendo protagonista em todas as competições que disputa como foi em 2020. Serve também de recado para como será gerida a agenda daqui até a decisão contra o Grêmio.
É possível encontrar uma série de justificativas para a queda de ritmo do time de Palestra Itália. Há um cansaço físico e mental em uma maratona não vista desde os anos 1960. O cansaço de ser campeão da Libertadores e menos de 10 dias depois já estar do outro lado do mundo. Há a falta de motivação de uma disputa de 3º e 4º.
É tudo verdade, mas ainda não o suficiente para justificar a dificuldade para vencer o Al Ahly. Não é à toa que nunca um sul-americano ficou em 4º depois de perder na semifinal no atual formato de Mundial.
O Palmeiras investe mais do que o dobro dos egípcios em salário, tem uma das melhores estruturas do Brasil, o maior patrocínio da América do Sul, a base mais vitoriosa do momento no país e foi o campeão da competição continental com a melhor campanha, o melhor ataque e a melhor defesa.
A dificuldade de hoje não significa que tudo precisa ser jogado no lixo. Pelo contrário: a evolução da equipe com a mudança da comissão técnica é elogiável e deu muitos frutos que ainda poderão ser usados no futuro próximo. Mas todas as conquistas também não impedem que a equipe de Abel Ferreira seja criticada. Há uma diferença entre apontar falhas e desdenhar de tudo o que aconteceu até aqui. E o português precisa saber lidar com isso.
No primeiro tempo, o Palmeiras foi mal em praticamente tudo o que tentou. Até Gustavo Gómez, que é um dos atletas mais regulares do elenco, parecia um pouco estabanado na hora de fazer seus combates. Rony e Viña foram os que mais conseguiram fazer algo produtivo, mas sozinhos eles não foram capazes de carregar a equipe inteira.
Na volta para a segunda etapa, o time brasileiro apresentou uma melhora considerável e passou a dominar as ações do jogo. Foram 20 minutos dominantes, que deveriam ser o o normal em um encontro como este. Depois, o ritmo da partida como um todo caiu. O Al Ahly só não abriu o placar porque novamente Weverton foi decisivo. Os egípcios ainda fizeram o gol no rebote, mas o impedimento foi marcado.
Abel só mudou com praticamente 35 minutos, colocando Danilo, Gabriel Menino e Gustavo Scarpa nos lugares de Raphael Veiga, Patrick de Paula e Willian. Do trio, o pior, de longe, foi o meio-campista ofensivo.
Mais uma vez, ficou claro que o Palmeiras tem, sim, um bom elenco, mas com algumas lacunas importantes que precisam ser solucionadas para que a equipe continue como protagonista.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.