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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Palmeiras aprova contas de 2020 com R$ 151 milhões de déficit

Presidente Maurício Galiotte em comemoração do título após Palmeiras x Santos, partida válida pela Final da Copa Libertadores 2020, realizada no estádio Maracanã - NAYRA HALM/ESTADÃO CONTEÚDO
Presidente Maurício Galiotte em comemoração do título após Palmeiras x Santos, partida válida pela Final da Copa Libertadores 2020, realizada no estádio Maracanã Imagem: NAYRA HALM/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

26/02/2021 20h34

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O Palmeiras votou na noite desta sexta-feira (26) as contas de 2020 no Conselho de Orientação e Fiscalização (COF). Com o placar de 9 a 7, os membros do órgão aprovaram o déficit de R$ 151 milhões.

O negativo ficou melhor do que o estimado pelos próprios cofistas no fim do ano passado, quando a estimativa era de quase R$ 190 milhões de déficit.

Isso porque o Alviverde conseguiu compensar parte dos problemas do ano de pandemia com as premiações das competições. Na Copa do Brasil, por exemplo, o time de São Paulo adiantou os R$ 22 milhões que já tem direito pelo vice-campeonato, assim como fez o Grêmio. Caso seja campeão, os R$ 32 milhões restantes serão contabilizados apenas para 2021.

É a mesma situação da Libertadores. A premiação contabilizada para o ano passado foi o equivalente até as quartas de final. A semifinal e final foram disputadas em 2021, o que significa que o bônus pelo desempenho só entrará no balanço de 2021.

O déficit em 2020 não é exclusividade do Palmeiras. Na verdade, é algo que praticamente todos os times do país sofreram na temporada passada com a pandemia. As verbas de televisão foram adiantadas para serem pagas apenas neste ano, praticamente não houve arrecadação de bilheteria e sócio-torcedor, além de outras limitações impostas pela doença que atingiu o mundo inteiro.

O Palmeiras ainda se destacou por ser um dos poucos clubes que não demitiu ninguém durante a crise e ainda ressarciu os seus atletas do desconto que aconteceu no início da pandemia. Para 2021, a previsão segue pessimista, com a possibilidade de um novo déficit decorrente da falta de público.

A previsão orçamentária do Palmeiras desta temporada estima que os ingressos voltarão a ser vendidos apenas a partir de julho e com 30% da capacidade dos estádios. A ideia é vender R$ 80 milhões em atletas e contar com no mínimo as seguintes premiações: semifinal do Paulista, ficar no G6 do Brasileirão, chegar às quartas de final da Copa do Brasil e também da Libertadores.