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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Flamengo e Flu concentram 24% do prejuízo da Série A por falta de público

Estádio do Maracanã é o mais caro para a realização das partidas sem público - Divulgação/@Libertadores
Estádio do Maracanã é o mais caro para a realização das partidas sem público Imagem: Divulgação/@Libertadores

Colunista do UOL

04/03/2021 15h36

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Flamengo e Fluminense concentram pouco mais de 24% do prejuízo de todo o Brasileirão pela falta de público. Os dois não têm casa própria e mandam suas partidas no Maracanã, de longe o estádio mais caro do país. Ao todo, o gasto dos dois juntos é de R$7.238.927,79, sendo R$ 3.684.908,05 do Rubro-Negro e R$ 3.554.019,74 do Tricolor.

O levantamento foi feito pelo blog com os boletins financeiros enviados pelos clubes para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Somando os 20 clubes da elite, a perda de dinheiro ficou em R$ 29.703.118,18. Essa grana representa gastos de cada clube com ambulância, arbitragem, controle de doping, segurança e outros itens que normalmente seriam pagos com a venda de ingressos. O impacto com os portões fechados é ainda muito maior por conta de receitas que deixam de ser arrecadadas.

O Atlético-MG, que também não tem estádio, completa o pódio do ranking dos que mais tiveram prejuízo. A equipe de Belo Horizonte gastou ao todo R$ 1.942.997,44 para mandar suas partidas no Mineirão, quase em um empate técnico com o Botafogo, que joga no Nilton Santos e desembolsou R$ 1.903.211,83.

Alguns clubes colocaram no orçamento de 2021 a previsão da volta do público para esta temporada, mas não há esse movimento em nenhuma federação. Com os recordes de mortos por conta da covid-19, essa receita está cada vez mais distante de estar de volta.

Dos cinco jogos mais caros do Brasileirão, quatro são do Flamengo e um do Fluminense. O Goiás, Athletico, Atlético-GO e Red Bull Bragantino foram os times que conseguiram ser os mais econômicos neste quesito como mostra o ranking completo abaixo.

Em um primeiro momento, os números podem parecer pouca coisa perto da quantidade de dinheiro que é movimentada pelo futebol, mas no atual contexto cada centavo é lamentado pelos clubes, como mostrou o especial "O buraco da pandemia" que o UOL publicou recentemente. Além do prejuízo que assumem, os times deixam de ganhar milhões com arrecadação.

O ranking completo de prejuízo:

1º) Flamengo - R$ 3.684.908,05
2º) Fluminense - R$ 3.554.019,74
3º) Atlético-MG - R$ 1.942.997,44
4º) Botafogo - R$ 1.903.211,83
5º) Vasco - R$ 1.614.361,61
6º) Palmeiras - R$ 1.588.166,99
7º) Bahia - R$ 1.293.760,86
8º) São Paulo - R$ 1.276.688,37
9º) Ceará - R$ 1.271.513,96
10º) Internacional - R$ 1.211.344,90
11º) Coritiba - R$ 1.178.924,96
12º) Fortaleza - R$ 1.171.184,23
13º) Santos - R$ 1.164.841,49
14º) Corinthians - R$ 1.150.352,26
15º) Grêmio - R$ 1.150.200,51
16º) Sport - R$ 1.058.789,80
17º) Red Bull - R$ 1.018.836,80
18º) Atlético-GO - R$ 844.654,92
19º) Athletico - R$ 837.326,63
20º) Goiás - R$ 787.032,83

Os cinco jogos mais caros do Brasileirão:

1º) Flamengo x Internacional - R$ 241.726,03
2º) Flamengo x Corinthians - R$ 208.841,17
3º) Flamengo x Vasco -R$ 200.408,61
4º) Flamengo x Palmeiras - R$ 199.858,27
5º) Fluminense x Fortaleza - R$ 198.407,47