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Pressão para adiar Eliminatórias aumenta, mas Conmebol ainda resiste
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A cada dia que passa, aumenta a pressão em cima da Conmebol para que as Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo do Qatar sejam adiadas. Clubes da Europa, federações e técnicos já manifestaram publicamente e também internamente a preocupação com a realização dos jogos com a crise da covid-19 aumentando em alguns países no nosso continente, especialmente no Brasil.
Até mesmo a Fifa já fala que é recomendável que os jogos não sejam realizados e permitiu que os times europeus não liberarem os atletas convocados de acordo com alguns critérios. Se um país adota quarentena superior a cinco dias para as pessoas que vêm do exterior, os times não precisam deixar os atletas representarem a sua seleção, como é o caso de Inglaterra, Itália e Alemanha. A mecânica evita que o clube seja extremamente prejudicado com a ausência não só durante a Data Fifa, mas também pelo isolamento.
Há ainda o conflito interno, dentro do próprio continente. A Colômbia, que em tese recebe a seleção brasileira no próximo dia 26, colocou restrições a voos vindos do Brasil por conta da nova variante do covid-19. A Argentina, que seria a adversária para a partida do dia 30 em Pernambuco, também vetou viagens vindas do território brasileiro. Uma das alternativas seria mandar as partidas na Europa, de acordo com a imprensa internacional.
Neste primeiro momento, os países adotam condutas diferentes. O Uruguai convocou hoje a sua seleção, inclusive com os nomes de Arrascaeta, do Flamengo, e Viña, do Palmeiras. O Brasil, que normalmente faria a sua convocação hoje (5), ainda não divulgou nenhuma lista e nem mesmo a data para oficializar o chamado.
Ontem, Tite e sua comissão técnica estiveram reunidos na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para manter a observação e a discussão sobre possíveis nomes para os jogos contra Colômbia, fora de casa, e Argentina, no Recife. Eles estudam diferentes alternativas para elaborar a lista, inclusive uma com nomes apenas dos atletas que atuam no futebol local.
Por que não cancelar a Copa América?
O grande argumento da Conmebol para não cancelar a rodada das Eliminatórias em meio ao boom da covid-19 é que não haverá novas datas para a realização de todas as partidas a tempo da Copa do Mundo de 2022. Vale lembrar que já houve mudança anterior em outras rodadas, o que apertou ainda mais o calendário.
Uma solução seria cancelar a Copa América e usar esse espaço para a realização das partidas. Qatar e Austrália, que fariam participação como convidados, já avisaram que desistiram da competição. A janela seria perfeita para que os times da América do Sul disputassem as partidas com mais tempo para que os países estejam em melhores condições.
Já há entre as diferentes seleções do continente quem defenda essa ideia. Para isso, basta que a Conmebol deixe de lado a prioridade comercial em cima desta competição que seria disputada na Colômbia e Argentina.
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