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Com base e calendário insano, Palmeiras faz o melhor ano de sua história
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O Palmeiras fechou hoje (7) aquela que pode ser considerada a melhor temporada de sua história. Com o título da Copa do Brasil em cima do Grêmio, o Alviverde conquista a terceira taça em 2020 depois do Paulista e da Libertadores. Sem nem contar a 7ª colocação no Brasileirão com time misto em pelo menos 30% da tabela. Tudo isso vencendo um dos calendários mais caóticos do futebol mundial agravado pela pandemia e apostando muito nas categorias de base.
Isso não significa que o time deste ano é o melhor da história. O torcedor mais velho conseguiria lembrar de cabeça de pelo menos três elencos que eram melhores do que esse, mas nenhum deles conseguiu ganhar tanto quanto o que celebrou o tetra no Allianz Parque. Poderá citar títulos mais importantes do que os de 2020, mas que não foram conquistados todos na mesma temporada.
No título de hoje que teve Wesley como destaque, não só pelo gol mas também pela atuação, o time de Abel Ferreira completou seu 77º jogo na temporada. Isso significa que os palmeirenses jogaram todas as partidas possíveis previstas no desenho do calendário. De 1960 para cá, esse feito só foi alcançado por outros dois times.
Para suportar a maratona e sem poder contar com tanto dinheiro para contratar como fez nos últimos anos, o Palmeiras apostou nas suas categorias de base e teve muito sucesso. Além de Wesley e Gabriel Menino que fizeram os gols, a lista de garotos da Academia ainda tem Patrick de Paula, Danilo e Gabriel Verón entre os mais destacados. Henri, Lucas Esteves, Renan, Gabriel Silva e Vinícius são outras opções que apareceram menos.
É bastante importante destacar que as revelações não apareceram por acaso. Foram muitos milhões de reais investidos desde 2013, quando Paulo Nobre assumiu a presidência e reformulou a categoria que por muitos anos quase não revelava. O projeto foi mantido e recebeu ainda mais investimento com a gestão de Maurício Galiotte. E a ideia é aumentar ainda mais a estrutura para os jovens.
Como suporte aos jovens, o time ainda teve outros nomes de muito destaque durante toda a temporada, como foi o caso de Weverton, Gustavo Gómez, Viña, Rony, Luiz Adriano, Felipe Melo e Raphael Veiga. Esses últimos dois últimos, inclusive, tiveram participação decisiva na decisão deste domingo.
Veiga iniciou a jogada de gol, fez aparições como um verdadeiro camisa 10 que os palmeirenses sonham em ver há tanto tempo. Não à toa, foi eleito o melhor da competição. Felipe Melo, por sua vez, ganhou a vaga em cima da hora que era Danilo e fez alguns torcedores ligarem a corneta. Mas a sua atuação de hoje foi perfeita, com desarmes sem faltas, ajuda na distribuição de jogo e extremamente importante em manter a calma do time em campo.
A conquista da Copa do Brasil ainda faz o torcedor esquecer de vez o péssimo Mundial. De todas as competições deste ano, só no Qatar o Palmeiras não apresentou um bom jogo sequer.
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