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CBF enganou a todos com ares de modernidade em regra para troca de técnicos
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Como publicou mais cedo o colega de UOL Rodrigo Mattos, a regra que a CBF vendeu como modernidade para o futebol brasileiro tem uma brecha que a transforma em apenas mais um artigo para ser esquecido nas regras do Brasileirão. O suposto limite para demitir e contratar um treinador só existe caso não haja acordo mútuo pela saída.
O texto fala que "eventual pedido de demissão por parte do treinador, demissão por justa causa por iniciativa do clube ou rescisão por mútuo acordo não serão computados para os efeitos deste artigo".
Isso significa que se clube e treinador divulgarem que a saída foi em comum acordo ou até mesmo se o diretor convencer o professor a pedir para sair a regra não tem efeito algum.
Qual é o treinador que toparia bater o pé, falar que não gostaria de sair para depois ficar com as portas fechadas para os clubes em um mercado extremamente mal organizado?
Qual é o clube que não vai tentar fazer um acordo com seu técnico para continuar livre para atuar no mercado e contratando quantos comandantes quiser?
Será possível até assinar um acordo com remuneração para sair e dizer que aquele valor foi o combinado entre as partes para uma saída sem problemas.
E aqui cabe um adendo importante. Os clubes que quiserem adotar desse "jeitinho brasileiro" para burlar a regra colocada pela CBF também merecem críticas pesadas. Afinal, são eles que deveriam ser os mais interessados nas melhorias das regras para que o futebol evolua no país.
Na teoria, a regra foi vendida como sinal de modernidade para o futebol brasileiro, inspirada em alguns exemplos do futebol europeu. Mas, na prática, ela não vai servir de nada. Foi só um jeito de a CBF enganar a todos com um suposto ar de modernidade.
Para que isso não acontecesse, seria possível limitar, por exemplo, a inscrição de um técnico de acordo com o número de jogos no comando, assim como acontece com os atletas. Mas essa proposta foi barrada pelos próprios clubes no Conselho Técnico.
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