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Danilo Lavieri

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Duilio também precisa responder por aumento de dívida do Corinthians

Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians  - Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians
Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians Imagem: Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians

Colunista do UOL

05/04/2021 15h14

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O Corinthians sofre para atuar no mercado da bola para reforçar a sua equipe para a temporada de 2021 por conta da dívida que não para de crescer. Como mostrou hoje a reportagem do UOL Esporte, o crescimento foi de 100% no último ano de gestão de Andrés Sanchez. É importante destacar, no entanto, que o atual presidente, Duilio Monteiro Alves, também tem bastante responsabilidade nesse problema.

Afinal, ele era o diretor de futebol desde 2018 até o momento em que deixou o cargo de lado para ser candidato à sucessão de Sanchez. Como dono do departamento mais importante do clube, ele deu aval para contratações que não têm explicação até hoje.

A mais simbólica dela foi a de Jonathan Cafu. Mesmo que tenha sido contratado sem vínculo com outro clube, a sua chegada custou aos cofres corintianos o valor de luvas e salários não tão baixos. Supostamente com o aval do técnico Vagner Mancini, a diretoria gastou dinheiro com um atleta que quase não entrou em campo e, hoje, já está no Cuiabá.

Outras negociações têm explicações bem pouco compreensíveis, como as chegadas de Léo Natel, Marllon e Matheus Alexandre, por exemplo. Qual o objetivo de um time que está entre os mais fortes do país ao contratar atletas como esses e nem mesmo dar chance para que eles justifiquem o investimento?

É relevante uma explicação sobre a influência da empresa Casa Soccer no futebol corintiano. Como já mostrou o jornalista Rodrigo Vessoni em novembro, são 11 negociações que envolvem ou atletas agenciados por essa empresa ou que foram negociados por meio de empresários desse grupo.

Até mesmo a chegada de Luan poderia ser colocada em dúvida. Destaque do continente na conquista da Libertadores pelo Grêmio, ele passou a experimentar o banco de reservas até ser colocado na lista de negociáveis em Porto Alegre. Era comum ouvir entre empresários, técnicos e pessoas que transitam no futebol que seu futuro teria obstáculos por questões físicas. E só por 50% dos direitos dele o Alvinegro pagou quase R$ 29 milhões.

Por que o Corinthians investiu em contratações para os jogadores do time sub-23, um departamento que não tem competições importantes e que pouco ajudam no fortalecimento do time principal? São dúvidas sem respostas que comprometem mais uma temporada corintiana.