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Muito além do dinheiro: por que o Palmeiras não topa negociar valor de Dudu
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É bem claro que nenhum time no país hoje tem condições de abrir mão de 6 milhões de euros. Mas a recusa do Palmeiras em negociar o valor pela saída de Dudu vai muito além dos mais de R$ 40 milhões que estão estipulados em contrato. Desde o início, a operação foi feita de uma maneira para ser lucrativa ao máximo tanto para o time brasileiro quanto para o jogador e o acerto só demorou tanto a sair justamente por detalhes dos quais Maurício Galiotte não vai abrir mão.
Fosse um atleta com menos prestígio, é bem provável que a diretoria abriria exceções para que o negócio saísse, mesmo que ele significasse um eventual prejuízo na comparação com o que foi investido. Mas definitivamente não é o caso do ídolo palmeirense, que acabou fora da lista de inscrição da Champions da Ásia.
Quando sentou à mesa com o atacante, Galiotte ouviu um pedido para que o negócio fosse feito de qualquer maneira para que ele pudesse respirar ares melhores em meio às acusações de violência contra a ex-mulher e que acabaram não se provando verdadeiras. Na época, o dirigente se comoveu com a situação, mas explicou que, para abrir mão de um dos maiores ídolos recentes, precisaria de um "negócio da China".
Não houve interesse chinês, mas a proposta que veio foi a do Al-Duhail, do Qatar. Depois de alguns dias negociando, o Palmeiras topou o negócio dividido em duas fases: o empréstimo de um ano por 7 milhões de euros, com uma compra de 80% dos direitos econômicos fixada em contrato em mais 6 milhões de euros após esse período.
Para também ter uma segurança extra, Dudu ainda conseguiu uma cláusula que o protegia de uma eventual desistência ao término do empréstimo. São 2,5 milhões de euros pagos pelo time do Oriente Médio para o atleta caso a compra não fosse efetivada, o que significa quase R$ 17 milhões.
Assim, o negócio seria considerado bom de qualquer maneira. Se a compra fosse efetivada, a venda de um atleta de quase 30 anos por 15 milhões de euros era ótima e o Alviverde ainda teria 20% de uma venda futura. Se voltasse, o acordo seria um dos empréstimos mais valiosos dos últimos tempos no futebol brasileiro no aspecto financeiro e ele ainda poderia atuar por mais um período em alto nível por aqui sem precisar renegociar seu contrato.
Por causa disso, Galiotte já definiu que não topa abrir mão de nenhum centavo do que está acordado em contrato e nem mesmo vai admitir um pagamento parcelado. Dar esse passo atrás significaria estragar um plano tão bem trabalhado há menos de um ano.
Dudu ficará 15 dias no Brasil e, a princípio, vai passar apenas férias, sem período de treinos na Academia de Futebol. O acordo entre Palmeiras e Al-Duhail ainda dá tempo para que a novela ganhe novos capítulos. O aviso de compra pode ser dado até o dia 15 de maio, com mais duas semanas para que o pagamento seja feito de maneira integral.
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