Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Abel Ferreira conhece o lado do Palmeiras com que não tinha tido contato
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Por mais que tenha estudado e lido sobre o Palmeiras, Abel Ferreira ainda não conhecia este lado que vive neste exato momento no Palestra Itália. Poucas coisas ensinariam de maneira tão rápida ao português o que é comandar o Alviverde quanto ter seu nome pichado na parede meses depois de ser campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. É absurdo, mas rotineiro.
Desde a sua chegada, Abel mostrou incômodo com as "cornetas" dos torcedores em algumas ocasiões. Recentemente, chegou a dizer que esperava para ver a hora que o torcedor poderia escalar o time por meio de enquetes. É importante que ele esteja preparado para encarar isso com bom humor, porque é essa a vida de um técnico do Palmeiras. E isso porque o comandante ainda não sabe o que é comandar a equipe no Allianz Parque com a famosa "Turma do Amendoim" nas suas costas.
Vale lembrar, aliás, que esse grupo ganhou esse nome graças a Felipão, outro técnico vitorioso que se cansou de discutir com os que ficavam nas antigas numeradas do Palestra Itália. A grande diferença é que o gaúcho viveu tempos em que o clube fervia politicamente e isso, pelo menos neste momento, não existe nas Alamedas.
Abel também mostrou incômodo por não ver ninguém da diretoria falar publicamente sobre o calendário e prometeu parar de opinar sobre essa questão. Neste caso, esse é um problema do país como um todo e não só da equipe que ele comanda. E não adianta falar que o técnico já sabia de tudo como forma de estranhar as reclamações. Mais uma vez: não é só porque é rotina que não é um absurdo.
O que poderia amenizar o problema neste caso é que algum dirigente o acompanhasse na hora de cobrar melhorias, fato que não acontece por uma opção da diretoria comandada por Maurício Galiotte.
O presidente tem a postura de tentar resolver as questões internamente e vai até voltar a conversar com o comandante durante a viagem do time para a Libertadores. Mas, para o técnico, em algumas ocasiões o que resolve é "dar a cara" como ele mesmo falou em coletiva. Essa reclamação ainda serve de exemplo para outros episódios, como nas ameaças a Luan e até mesmo na pichação da sede social, quando nenhum diretor falou.
Abel ainda tem sentido falta da ação do clube no mercado da bola. Neste caso específico, o português precisa entender a cautela palmeirense, especialmente com as dificuldades da pandemia. Depois de um 2019 desastroso nas finanças, o Alviverde precisou corrigir a rota no aspecto financeiro, apertou os cintos e pretende gastar só com o necessário. O clima de pressão e as cobranças podem fazer o Palmeiras tirar um pouco mais o pé do freio, mas nada que faça a torcida lotar o aeroporto para fazer recepção. Mesmo que até lá a pandemia já tenha passado.
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