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Palmeiras evita péssimo empate no Peru, mas precisa correr para o divã
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O Palmeiras teve mais sorte do que juízo e conseguiu se salvar de um péssimo resultado na estreia da Libertadores nesta quarta-feira. Desta vez, o que seria um empate decepcionante no Peru mudou por conta de um gol no último minuto de Renan em escanteio. É importantíssimo que o time tenha conseguido os três pontos, ainda mais com o empate no outro jogo do grupo, mas o time precisa correr para o divã, para ter seu psicológico avaliado.
Depois de descansar os principais atletas contra o São Paulo e contra o Botafogo, a equipe precisava ter vencido o fraco time do Universitário com mais facilidade e quase tropeçou nos próprios nervos. Não só na expulsão de Empereur, mas pela sequência de faltas e cartões logo depois de ficar com um a menos e sofrer o empate em menos de cinco minutos.
Abel não merece ser alvo de pichação, deve ter todo o respaldo possível da diretoria pelos títulos conquistados recentemente, mas hoje merece bastante crítica, especialmente pelas substituições após a expulsão de Empereur. O comandante precisa com urgência analisar o controle mental do time, qualidade tão valorizada por ele, ainda mais em um time repleto de garotos.
Abel Ferreira escalou a equipe com três zagueiros e a opção se mostrou acertada no início. O time ficou seguro defensivamente, deu liberdade para que Raphael Veiga pudesse jogar mais solto no meio-campo, com Danilo dando dinâmica ao setor. Luiz Adriano saiu bastante da área para buscar a bola, mas Rony atuando como opção pelo setor compensou essa ausência.
O Palmeiras começou a construir o resultado na bola aérea, com Danilo. Depois ampliou com belíssimo gol de Raphael Veiga em jogada que começou com lançamento da intermediária defensiva de Luan para Rony, que deu a assistência para o meio-campista fazer o segundo. A impressão era que vinha pela frente uma goleada. Mas o que aconteceu foi uma pane mental.
Empereur estava pendurado por um cartão amarelo bastante exigente por parte do árbitro, mas ao saber que de sua condição deveria usar mais a experiência para evitar justamente o que aconteceu: a expulsão. O Universitário teve a competência de aproveitar a instabilidade palmeirense e empatou em menos de cinco minutos. No primeiro lance, Marcos Rocha falhou como de costume na marcação das bolas aéreas. Depois, Danilo cometeu pênalti infantil ao tentar o domínio com o braço.
Abel Ferreira fez substituições difíceis de serem entendidas. A entrada da Renan no lugar do Luiz Adriano para compensar a expulsão de Empereur foi compreensível, apesar de haver a opção de voltar a jogar apenas com dois zagueiros. Mas o mais questionável foi a saída de Raphael Veiga para a entrada de Danilo Barbosa, tirando totalmente o poder ofensivo da equipe. Ele ainda colocou Esteves no lugar de Victor Luís, que também não funcionou. Depois, as tentativas foram as entradas de Wesley e Gustavo Scarpa, com direito ao meio-campista ter batido escanteio no último lance do jogo para definir a vitória.
É Libertadores, alguns jogos fáceis se transformam em difíceis, fato normal da competição sul-americana. Mas o atual campeão do continente precisa ser exigido para mostrar atuações mais convincentes.
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