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Conmebol é negacionista ao manter Libertadores e Copa América na Colômbia
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A Conmebol tem dado show de horror ao lidar com a continuação do futebol durante crises pelo continente. Hoje (13), a entidade protagonizou mais um espetáculo de terror com a sua principal competição entre clubes ao forçar Atlético-MG e América de Cali a entrarem em campo na Colômbia em meio a protestos que tem momentos de guerra civil por todo o país.
O jogo da Libertadores precisou ser paralisado por causa do efeito de gás lacrimogêneo que dificulta a respiração de todos em campo. Ontem, a situação há havia sido bastante parecida no duelo entre Júnior Barranquilla e River Plate, quando atletas caíam no gramado em determinados momentos por conta desses problemas.
Depois da partida, o técnico do time argentino, Marcelo Gallardo, afirmou que foi inviável se concentrar 100% no jogo por conta não só dos efeitos do gás, mas também pelo barulho de bombas que estouravam nas redondezas do estádio e assustavam todos dentro do estádio. A Sul-Americana também desafia o mesmo problema.
Uma das soluções já fez clubes viajarem de um país para o outro, como o Equador por exemplo, com menos de 48 horas de antecedência. É inviável afirmar que isso não prejudica o desempenho dos times envolvidos.
Para piorar, a Conmebol ainda mantém o planejamento de ter a Copa América na Colômbia. A um mês da estreia da competição, a entidade afirma que não há problemas de mandar todas as seleções do continente, equipes de jornalismo e seus próprios funcionários para um país em ebulição.
Só a situação pandêmica já seria o suficiente para que as competições fossem canceladas ou paralisadas de acordo com a situação de cada país. Mas os clubes e a entidade toparam cumprir um protocolo que em tese evita a disseminação do vírus. Ainda assim, a decisão é questionável. Manter os jogos por lá com tantos problemas nas ruas, no entanto, é uma loucura ainda maior. O futebol não pode ser dissociado da sociedade.
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