Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Falta de resultado faz estratégia certa virar pressão no São Paulo na final
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O São Paulo optou logo no início da temporada que o Campeonato Paulista era uma de suas prioridades. A ideia é vencer qualquer título para que a incômoda fila seja deixada de lado. Você pode concordar ou não com o peso do Estadual para isso, mas é indiscutível que a diretoria ao menos foi coerente com o discurso e seguiu o planejamento traçado ao lado da comissão técnica.
A questão é que os reservas do time desempenharam muito menos do que o esperado contra Rentistas e Racing. A falta de resultados fez a estratégia virar uma pressão no próprio elenco para começar a disputa da final de hoje, às 22h, contra o Palmeiras.
O time do Morumbi dificilmente ficará na primeira colocação da competição sul-americana, vai enfrentar os adversários teoricamente mais fortes no mata-mata e ainda terá de encarar um Alviverde que conseguiu não só garantir a primeira colocação de seu grupo na Libertadores como teve êxito na estratégia de poupar seus principais atletas no meio da maratona do calendário de pandemia.
A fila não vai fazer nomes experimentados como Daniel Alves e Miranda sentirem a pressão, mas o ambiente no elenco sofre os efeitos do assunto sem nenhuma dúvida. Concentrados ou não, os atletas assistem ao noticiário, frequentam as redes sociais e conversam entre eles sobre a necessidade de levantar essa taça. Eles também conversaram com a diretoria sobre o rumo do time.
Na terça-feira, os principais atletas assistiram do banco de reservas o São Paulo deixar a tão conhecida paixão do time pela Libertadores em segundo plano em nome do Paulista. É impossível dizer que isso não afeta o psicológico do time. Resta saber se positiva ou negativamente. E aí é que entra o imponderável do futebol. Um gol no primeiro minuto, uma expulsão no primeiro tempo... Tudo pode alterar completamente o cenário traçado pelas comissões.
Em tese, o Palmeiras entra com muito menos pressão por ter sido campeão recentemente dos principais campeonatos, sem contar o fato de o grupo já ter adquirido casca com a trajetória recente. Para se ter uma ideia, Abel Ferreira vai para a quinta final em seis meses, sem nem contar o Mundial. Mas se torcedores foram capazes de pichar o muro após uma derrota do time B contra o mesmo São Paulo, como será a repercussão caso esse revés se repita na grande final?
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