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Agora não tem o que discutir: eliminação do Palmeiras para o CRB é vexame
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Cair para o CRB hoje (9) na Copa do Brasil é o maior baque da Era Abel Ferreira no Palmeiras. Se o técnico português chegou a enfrentar algumas turbulências, por derrotas em clássico ou pelas quedas nos pênaltis na Recopa ou Supercopa, agora, o barulho que virá da torcida e dos rivais nos próximos dias é finalmente justificável e sem nenhuma defesa.
Por mais absurdo que seja o time jogar desfalcado de atletas importantes por causa da data Fifa, só isso não justifica o revés de um time que está entre os mais estruturados do país para uma equipe que tenta apenas se confirmar na Série B. Depois de tanto debater a palavra certa caso a eliminação no Paulista acontecesse na primeira fase, o Alviverde agora tem um vexame para chamar de seu.
Perder três cobranças e desperdiçar a chance de eliminar o rival da forma que foi na cobrança de pênaltis transforma o resultado em ainda mais vergonhoso, com direito a mais um erro fatal de Lucas Lima, jogador mais bem pago do elenco e que não consegue devolver o que ganha há meses.
O Palmeiras teve a bola em seu pé praticamente durante o jogo todo. Diante de um CRB que conseguiu o 1 a 0 e optou por se fechar, a equipe de Abel Ferreira enfrentou o desafio de passar pelo caminhão de Alagoas estacionado em frente a área, com duas linhas de cinco em quase todas as ocasiões.
Sob esse contexto, os palmeirenses finalizaram 34 vezes nos 90 minutos e acertaram só 10 no gol, de acordo com dados do Sofascore. Isso significa menos de 30% de eficiência. No primeiro tempo, ainda houve troca de passes, triangulação e algo que não parecia tentativas de desespero. O desempenho foi, inclusive, melhor do que boa parte das últimas partidas, mesmo que desta vez tenha perdido. No segundo tempo, no entanto, o cenário mudou radicalmente.
Em qualquer ocasião, a bola era alçada na área para que Luiz Adriano, Wesley ou Rony tentassem o desvio. Não deu certo. A melhor chance do Palmeiras foi em cruzamento errado do Alviverde que contou com a ajuda da zaga do CRB. Na ocasião, Luiz Adriano conseguiu se ajeitar a tempo de desviar e viu o goleiro adversário fazer excelente defesa. Chamou a atenção o sumiço de Raphael Veiga e o excesso de erros dele na hora de tentar cruzar.
No terço final, o roteiro do jogo reservou tentativas isoladas de Gustavo Scarpa. Depois de tanto tentar cruzar e não achar seus companheiros, começou a chutar de todas as formas. Todas as tentativas passaram perto, mas poucas deram trabalho de fato ao goleiro Diogo Silva, que fez sua melhor intervenção para parar o meio-campista em batida de falta.
O roteiro nos pênaltis já estava praticamente escrito. Tão logo o juiz apitou o término dos 90 minutos, os palmeirenses já sabiam que o filme poderia se repetir pela terceira vez neste curto espaço de tempo.
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