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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Já sem a grana de Dudu, Palmeiras tem novo baque em projeção orçamentária

Presidente Maurício Galiotte em conversa com o goleiro Weverton durante treino do Palmeiras - Cesar Greco/Palmeiras
Presidente Maurício Galiotte em conversa com o goleiro Weverton durante treino do Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Palmeiras

Colunista do UOL

10/06/2021 04h00

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A previsão de orçamento do Palmeiras para 2021 voltou a sofrer um baque com a eliminação de ontem (9) na Copa do Brasil. No projeto para esta temporada, o departamento financeiro projetava chegar até as quartas de final da competição em que parou no CRB.

Isso significa que o Alviverde não vai mais receber os R$ 6,15 milhões que previa em suas contas. São R$ 2,7 milhões a menos das oitavas e R$ 3,45 milhões das quartas de final. Uma das medidas para cobrir esse buraco é vender um pouco mais.

Em dezembro do ano passado, o Palmeiras aprovou no COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) um orçamento que previa um ano com R$ 607 milhões de receita, o que significaria R$ 10 milhões de superávit.

Antes da eliminação, as contas também já tinham sofrido com a falta de negócio com a venda de Dudu. O jogador seria vendido por mais 6 milhões de euros além dos 7 milhões de euros que já tinham sido pagos no empréstimo.

A volta do ídolo impactou diretamente na previsão de vender R$ 80 milhões em atletas, sem nem falar no aumento das despesas com o seu salário. Mais da metade dessa meta já foi batida com a saída de atletas que quase não eram utilizados ou estavam emprestados. O restante ainda precisará ser feito com a saída de um jovem que desperta a atenção do mercado europeu.

Também há uma possível queda de arrecadação com a arquibancada. Apesar de ter feito uma das previsões mais moderadas entre os clubes de elite, o Alviverde esperava ter estádios reabertos com 30% da capacidade em julho, o que ainda parece distante de acontecer com a demora na vacinação da população.

O que pode compensar um pouco as contas são as entradas dos prêmios conquistados na Copa do Brasil e na Libertadores. Apesar de serem campeonatos do calendário desportivo de 2020, as receitas serão computadas apenas nesta temporada. Ou seja, parte da verba arrecadada nessas competições constará para este ano.

A previsão para o Paulista foi superada, mas o vice rendeu pouco mais de R$ 1 milhão por conta do pacto pelo fundo que ajudou os clubes a pagarem custos com a pandemia.

O Palmeiras tem tido embates com Abel Ferreira sobre a necessidade de contratar. Apesar de reconhecer que reforços são precisos, a diretoria tem mantido a postura de gastar pouco no mercado esta temporada. Por causa disso, inclusive, há uma chance de Alan Empereur não ser comprado após o seu ano de empréstimo.