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Clubes têm desafio de conter rebeldes na nova Liga; Fla é foco de atenção
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O desafio histórico de todos os movimentos feitos pelos clubes em busca do controle de poder do futebol sempre foi manter a união a longo prazo. Desta vez, a nova Liga proposta na última terça-feira (15) na sede da CBF se preocupa com a mesma questão, e tem o Flamengo como o foco principal.
Neste início, o grupo evita destacar líderes e já fazer articulações para a formação de uma comissão que vai debater sobre os principais assuntos do movimento, mas todos os times sabem que isso será necessário.
Há sempre uma tensão quando o assunto é como controlar o Flamengo. O time carioca recentemente conseguiu gerar incômodo nas principais pautas debatidas no futebol brasileiro.
Quando o assunto foi a Lei do Mandante, por exemplo, a atuação da equipe da Gávea conseguiu desagradar ao grupo inteiro que era a favor da MP editada pelo presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o time deixou de lado todos os acordos feitos em consenso para tentar transmitir o jogo contra o Fluminense pelo Estadual e foi chamado de egoísta.
Não à toa, na ocasião, Fluminense e Botafogo chegaram a afirmar que ficariam fora da MP do Mandante por considerarem aquele "um movimento do Flamengo".
Recentemente, também houve consenso entre os clubes que não haveria discussão sobre a volta do público nos estádios para evitar desequilíbrio enquanto a pandemia não melhorasse de forma uniforme em todo o país, mas o Flamengo sempre lidera as tentativas de liberar as catracas novamente. Recentemente, inclusive, dirigentes rubro-negro voltaram a falar do tema.
Também em discussões sobre rumos por conta da pandemia, o Flamengo revoltou os outros 19 times da Série A quando tentou adiar o jogo contra o Palmeiras no Brasileirão do ano passado. Já havia um consenso entre os clubes que era necessária união de todos para que o futebol voltasse. Na ocasião, o retorno das atividades enfrentava resistência de alguns governos locais, da opinião público e de especialistas.
Para conseguirem a volta, houve uma grande união dos times, a CBF abriu exceções na sua regra e definiu parâmetros para quando um jogo seria cancelado ou adiado por causa da pandemia. Quando se viu desfalcado, o Flamengo ignorou o acordo e partiu para todas as instâncias tentando inviabilizar o jogo que acabou ocorrendo mesmo assim.
Desta vez, o Flamengo vive grande crise na sua relação com a CBF por diferentes motivos e aproveitou o momento para se unir de novo aos clubes. Os outros líderes olham sempre com mais atenção para a movimentação do time carioca e sabem que os dias mais difíceis virão quando as decisões começarem a ser tomadas, especialmente quando o tema for a divisão do dinheiro.
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