Topo

Danilo Lavieri

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Brasil empolga só nos minutos finais e bate adversário chato para Tite

Após ter pênalti anulado pelo VAR, Neymar deixou sua marca e fez o segundo do Brasil - Buda Mendes/Getty Image
Após ter pênalti anulado pelo VAR, Neymar deixou sua marca e fez o segundo do Brasil Imagem: Buda Mendes/Getty Image

Colunista do UOL

17/06/2021 22h57

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Não foi um jogo de tirar o fôlego do torcedor na maior parte dos 90 minutos, de fazer levantar do sofá o que reservou a noite desta quinta (17) para assistir à segunda rodada da Copa América. Mas o Brasil fez o protocolar e foi empolgar só nos minutos finais para vencer o Peru por 4 a 0 e se isolar na ponta do grupo com 100% de aproveitamento em dois jogos.

Com gols de Alex Sandro, Neymar, Everton Ribeiro e Richarlison e rodando o elenco, a equipe de Tite passou pelo adversário que normalmente impõe dificuldades ao time verde e amarelo. Não à toa, o técnico até escondeu a sua escalação de Ricardo Gareca na prévia da partida.

O Brasil mostrou-se seguro na defesa e praticamente não foi ameaçado por uma equipe que recentemente sempre deu trabalho aos defensores. Ederson praticamente não foi testado, e a marca de o time não ser vazado novamente persiste.

À frente, o quarteto com Everton Cebolinha, Gabriel Jesus, Gabigol e Neymar não funcionou como o esperado. No papel, a ideia era de um time que iria para cima, com dribles, jogadas envolventes, mas o lance mais emocionante neste sentido foi acontecer já no segundo tempo quando o atacante do PSG se empolgou e fez uma fila até sofrer a falta e cair quando o placar já apontava 2 a 0. Depois, passou a dar toques de efeito e dribles que mostram o que é impossível negar: ele é bastante acima da média.

O gol de Alex Sandro com assistência de Gabriel Jesus mostra como o jogador do Manchester City é voluntarioso e cumpre função importante no ataque montado por Tite. No segundo gol, Neymar recebeu na intermediária e fez o papel de um pivô com a virada em cima do zagueiro. O jogo já estava resolvido, e Everton Ribeiro e Richarlison aumentaram o marcador fazendo os 10 minutos finais serem mais agradáveis do que os outros 80.

Não é para empolgar, mas a evolução no segundo tempo é bastante positiva. Ainda precisa melhorar para ganhar manchetes incríveis apesar do 4 a 0, mas serve como um bom teste para Tite e seus auxiliares observarem os atletas em jogos oficiais e testarem "movimentos e mecânicas".