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Everton Ribeiro não funciona, e seleção brasileira trava contra a Colômbia
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O grande dilema de Tite continua: achar uma solução para a criação do seu meio-campo. Hoje, a ideia era usar Everton Ribeiro como articulador, o que, em tese, daria mais liberdade para Neymar atuar na intermediária para frente e não só na ponta, uma vez que a marcação não precisaria se preocupar exclusivamente com o jogador do PSG.
A questão é que não funcionou, e o time ficou travado diante de uma Colômbia que veio bem postada para o jogo no Nilton Santos, no Rio de Janeiro, e segurou o 1 a 1 até o último lance. O camisa 10 tocou bastante na bola, mas prendeu demais e não foi decisivo como tinha sido nas últimas quatro aparições. Casemiro fez o gol no último lance do jogo para uma vitória suada, mas lições podem ser tiradas.
O time não encantou, mas melhorou com as substituições no segundo tempo. Renan Lodi deu mais profundidade ao ataque pela esquerda, assim como Paquetá como segundo homem de meio-campo deu mais dinâmica do que tinha a equipe com a dupla Fred e Casemiro. Roberto Firmino, além de ter feito o gol, já tinha criado a melhor chance do time com belíssimo passe para Neymar, que parou na trave.
O Brasil mostrou uma evolução do seu futebol nas últimas quatro partidas, duas nas Eliminatórias e duas na Copa América. A solução parecia ser dar liberdade para Neymar atuar no meio para frente, mas, contra o Peru, o estilo de jogo não funcionou no primeiro tempo. A alternativa naquela ocasião foi colocar Everton Ribeiro para articular mais jogadas, especialmente do meio para direita, e a vitória virou goleada no segundo tempo.
Tite falou disso na coletiva pós-jogo e até minimizou o fraco desempenho ofensivo de outros atletas como Gabigol, por exemplo. Na visão dele, se o flamenguista tivesse em campo no segundo tempo, teria ido melhor justamente pela dupla Neymar e Everton Ribeiro. Hoje, essa estratégia não funcionou.
A atuação não foi boa, mas não chega a ser preocupante no atual contexto. O sistema defensivo que tem sido quase imbatível, teve algumas falhas. É importante que a seleção use a Copa América como laboratório para identificar justamente esses problemas que podem aparecer na hora mais decisiva da Copa do Mundo do Qatar, em 2022.
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