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Danilo Lavieri

OPINIÃO

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Lavieri: Palmeiras só quis defender, mas Atlético-MG não soube atacar

Palmeiras e Atlético-MG não conseguiram criar muitas chances de perigo - Conmebol
Palmeiras e Atlético-MG não conseguiram criar muitas chances de perigo Imagem: Conmebol

Colunista do UOL

21/09/2021 23h21

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Palmeiras e Atlético-MG fizeram um jogo bastante estudado, mas que teve menos emoção para o torcedor do que uma partida de xadrez. Para a expectativa gerada pelo encontro de semifinal da Libertadores, o 0 a 0 deixou a desejar nesta quarta-feira (21) no Allianz Parque.

Primeiro porque o time dono da casa armou uma estratégia que tinha como objetivo principal neutralizar o adversário. Felipe Melo e Zé Rafael fecharam o meio-campo para tentar segurar as investidas de Nacho, Zaracho, Hulk e Diego Costa, com Marcos Rocha quase fixado como um terceiro zagueiro.

A preocupação era evitar o jogo criativo do rival mineiro no quarteto ofensivo, além das ações de Guilherme Arana pela esquerda, um dos destaques do Galo na temporada. Sobrou força e experiência, mas faltou juventude e transição ofensiva.

Para parar o rival, no entanto, a estratégia funcionou bem. Weverton não fez defesa, apesar de ver Gustavo Gómez e Luan trabalharem muito mais que Alonso e Nathan Silva. No pênalti marcado após bobeira do palmeirense paraguaio, o goleiro ainda teve a sorte de ver Hulk acertar a trave.

Do outro lado, Cuca manteve a base do time que vive excelente fase na temporada, com Diego Costa como titular. O atacante mostrou nitidamente que está longe de estar na forma ideal e sua melhor participação foi o pênalti sofrido. Hulk foi o que mais procurou jogo, mas parou em Felipe Melo muitas vezes e tentou chutes a longa distância. Ele ficou longe de brilhar

Se não viu seu goleiro trabalhar, Cuca também não pode dizer que fez o sistema ofensivo com tanto poder conseguir levantar seu torcedor da cadeira ou de causar frio na barriga do palmeirense.

O que pode ter causado calafrio aos donos da casa foi a saída de Dudu para a entrada de Wesley. O jovem merecia chance, a questão é no lugar de quem. Apesar de estar sumido em campo, o Baixola não apresentava desempenho abaixo de Rony e certamente já mostrou mais do que seu concorrente para merecer mais minutos em campo.

O 0 a 0 mantém o confronto absolutamente aberto para decidir quem vai para a final da Libertadores, mas deixa uma certeza no ar: os dois precisam melhorar bastante para irem em busca da chamada Glória Eterna.

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