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Lavieri: Seleção com Coutinho e sem Vini Júnior não faz nenhum sentido
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Tite voltou a convocar Philippe Coutinho para a seleção brasileira para a próxima rodada das Eliminatórias, contra Argentina e Colômbia. O meio-campista está se recuperando de lesão, voltou a atuar há 45 dias e está absolutamente longe de apresentar um bom futebol para ser lembrado pelo técnico.
O amor de Tite por Coutinho já é antigo e já virou motivo de questionamento em outras datas Fifa. O comandante chegou a admitir que corria riscos ao insistir com o atleta do Barcelona. Hoje (29), a comissão técnica tentou justificar o chamado por causa da evolução física do jogador e o técnico soltou uma frase bem pouco confiável: "ele está retomando o padrão".
Números do Sofascore mostram que, apesar de aumentar a sua frequência como titular em campo, ele ainda está longe de ser decisivo. Em jogos da La Liga, o brasileiro jogou sete vezes, sendo quatro como titular, um gol marcado, nenhuma assistência e uma média de 0,6 chute a gol. Ainda de acordo com as estatísticas, ele criou apenas uma grande chance para a sua equipe nos sete jogos, acertou um drible em média por partida e perdeu quase dez bolas a cada jogo.
Na Liga dos Campeões, ele jogou três partidas, não fez nenhum gol e não deu nenhuma assistência. A média de drible certo na competição europeia é de 0,7, com 7,3 bolas perdidas a cada vez que entrou.
Enquanto isso, outro brasileiro que está voando na Europa foi esquecido: Vinícius Júnior. É verdade que o jogador do Real Madrid ainda mostra deficiências na hora de finalizar e até mesmo na hora da recomposição e isso incomoda a comissão técnica. Também é verdade que nas vezes que recebeu chance com a Amarelinha ele não correspondeu. Mas ele tem chamado muito mais a atenção recentemente na temporada europeia do que seu companheiro de Barcelona. Se for para insistir com alguém, que fosse com a cria flamenguista.
Vini compete diretamente com Antony e Raphinha em termos de características, mas deveria ter espaço ao menos entre os reservas para ser testado por causa das boas apresentações com os Merengues. Não faz sentido não dar chance a ele pela concorrência e abrir um espaço para Coutinho, que não mostra um bom futebol há mais de um ano.
Em busca do acerto para a criação da seleção, Tite tem feito testes. Diante do Uruguai, achou um time que mostrou um futebol para encantar, com Gabriel Jesus mais à frente, Neymar com liberdade para atuar na intermediária, e Paquetá e Raphinha atuando pelos lados, com a velocidade e toques rápidos sendo a principal característica. Dentro desse panorama, é muito mais fácil imaginar Vinícius Júnior tendo chances e não Coutinho.
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